Resumo
O ambiente da prática de enfermagem é elemento crítico para o bem-estar dos profissionais e da segurança do paciente. O objetivo do estudo foi avaliar as correlações entre o ambiente da prática de enfermagem, os resultados do trabalho e o clima de segurança. Trata-se de um estudo transversal em dois hospitais pediátricos no Brasil, conduzido entre dezembro/2013 e fevereiro/2014. Para coleta dos dados utilizamos Nursing Work Index-Revised, Safety Attitudes Questionnaire – Short form 2006 e Inventário de Burnout de Maslach. A análise foi realizada por meio do coeficiente de correlação de Spearman e Modelo de Equações Estruturais. A amostra consistiu de 267 profissionais de enfermagem. Os resultados evidenciaram que profissionais com maior autonomia, boas relações com a equipe médica, controle sobre o ambiente de trabalho e maior suporte organizacional apresentam menores níveis de exaustão emocional, maior satisfação no trabalho, menos intenção de deixar o trabalho e referem clima de segurança mais positivo. O modelo de equações estruturais mostrou níveis satisfatórios de ajustamento e indicou que as variáveis do ambiente de trabalho da enfermagem são preditoras dos resultados do trabalho e do clima de segurança. Investimentos organizacionais como iniciativas para reduzir o burnout, envolvimento do profissional na tomada de decisão relacionada ao cuidado do paciente, reconhecimento profissional, suporte do gestor de enfermagem, e aprendizado por meio da abordagem das falhas contribuem para o desenvolvimento de um ambiente de trabalho favorável e têm significante impacto na satisfação com o trabalho e o clima de segurança.
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