Resumo
O objetivo foi avaliar a prevalência de violência de gênero e sexual, a associação entre atitude em gênero e em ética e a experiência de sofrer e perpetrar violência, entre alunos de uma universidade pública do Estado de São Paulo. Estudo descritivo de corte transversal, análise secundária dos dados da pesquisa “Freqüência e características da violência interpessoal entre alunos de graduação e pós-graduação de uma universidade paulista”. Analisaram-se respostas de 2430 universitários (as) a um questionário estruturado e pré- testado, respondido diretamente em arquivo computadorizado. Os dados foram coletados através do software livre LimeSurvey (LimeSurvey 1.49RC3). Realizaram-se análises bivariadas, aplicando o teste qui-quadrado e, posteriormente, foi realizada análise múltipla por regressão logística de Poisson. Dentre as alunas, 56,3% afirmaram ter sofrido algum tipo de violência desde seu ingresso na universidade, sendo 9,4% de violência sexual; 29,9% dos alunos disseram ter perpetrado algum tipo de violência, sendo 11,4% de gênero e 3,3% de violência sexual. Menores escores em atitude em ética associaram-se a maior probabilidade dos homens serem perpetradores de violência em geral, e especificamente de gênero. Residir com pais/parentes e professar alguma religião revelaram-se fatores protetores para homens e mulheres, tanto para sofrer quanto para perpetrar violência. Evidenciaram-se fatores associados à violência de gênero e sexual tanto no plano individual quanto em relação aos relacionamentos e à vida na comunidade universitária e na sociedade em geral, indicando a necessidade de intervir no meio universitário para prevenir e minorar esse problema.Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Vilma Zotareli, Anibal Faúndes, Maria José Duarte Osis, Graciana Duarte
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