Resumo
O comportamento alimentar pode tanto influenciar o estado de saúde atual, como a probabilidade de desenvolvimento futuro de alguma doença, com maior ou menor precocidade. O objetivo foi avaliar o consumo alimentar de mulheres em idade fértil. Estudo de coorte realizado no distrito sudoeste do município de Campinas, com amostra de conveniência de 119 mulheres entre 19 e 39 anos de idade na primeira fase em 2004. A segunda fase foi realizada em 2008, sendo que ambas foi realizada entrevista domiciliar, utilizando questionário semi-estruturado. Comparou-se o consumo de diversos alimentos utilizando teste de χ² para comparação de proporções de consumo e frequência de alimentos, recomendados pela OMS. Houve um aumento significativo no consumo diário de leite (47,9 – 58%), iogurte (14,3 – 22,6%), ovos (32,8 – 36,9%), carnes (30,3% - 52,9) e legumes (47% - 62,2%). Por outro lado, essas mulheres passaram a consumir mais açúcar, café, margarina, e quase o triplo de salsicha (9,3 – 24,3%). Manteve-se o consumo diário de arroz, pão e feijão. O consumo de queijos e frutas permaneceu baixo. Observou-se também que metade das mulheres continua consumindo bolachas diariamente. Apesar do aumento no consumo de alimentos protéicos, persistem as deficiências no consumo de frutas, verduras e queijo, como também o consumo de alimentos de baixo ou de nenhum valor nutritivo. Aponta-se a necessidade de incentivo no consumo de frutas e hortaliças e melhoria das políticas públicas para aumentar o acesso a esses alimentos.Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Daniele F. Mendes Camargo, Bruna Fernanda do Nascimento Jacinto Souza, Letícia Marín-León, Ana Maria Segall Corrêa
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