Resumo
A prática da fotopintura remete aos primórdios da fotografia, cuja invenção data de 1839, na França. Em 1840 teve início o processo de coloração e a primeira patente foi registrada na Inglaterra em 1841. A partir dessa data novos procedimentos foram anunciados, na Europa e EUA, sob a designação de melhoramento em fotografia. Inicialmente a coloração era efetuada sobre a imagem fotográfica impressa numa placa metálica, o daguerreótipo. Com a evolução técnica os suportes fotográficos foram substituídos por outros mais eficientes, ou mais baratos, e que exigiam novos procedimentos de coloração. No final do século XIX e início do século XX as fotopinturas passaram a ser produzidas com imagens fotográficas ampliadas em baixa resolução, em suporte de papel, e utilizavam novas técnicas pictóricas, como a pintura a óleo, aquarela, guache, nanquim, pastel, crayon e carvão. O presente trabalho pretende demonstrar os procedimentos efetuados no tratamento desse tipo de documentação, usando como modelo um retrato fotopintado da coleção Teodoro de Souza Campos - Centro de Memória-UNICAMP. Propõe elucidar as etapas do tratamento da fotopintura, desde a identificação da imagem, passando pelo diagnóstico de conservação com exames de iluminação e análise microscópica, e finalmente o tratamento para estabilização e acondicionamento.
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Copyright (c) 2016 Marli Aparecida Marcondes
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