Resumo
Várias pesquisas discutem as dificuldades enfrentadas pelos surdos na escola inclusiva. Há relatos de que esses aprendizes, nesses contextos, não participam das atividades da sala de aula, ficam isolados e não aprendem. Muitos surdos comunicam-se somente em LIBRAS e, em decorrência dessa situação, apresentam enormes dificuldades em um contexto onde toda comunicação é feita em português. Como não se comunica por não entender o que está ocorrendo, sua aprendizagem, quando e se ocorre, acontece de maneira deficiente. Desse modo, o surdo está sempre em desvantagem em relação ao ouvinte. Entretanto, há autores que se mostram favoráveis à inclusão e argumentam que esse movimento permite a socialização entre alunos surdos e ouvintes, é possibilitado ao “diferente” tornar-se conhecido, é possível dar visibilidade ao surdo e o ouvinte compreende melhor a surdez [MANTOAN, M.T., 2002].Com base nestes dados, o objetivo deste trabalho é o de verificar o que ocorre em uma sala de aula de uma escola pública onde há 4 alunos surdos que se comunicam em LIBRAS estudando. Observo se, como advogam os defensores da escola inclusiva, há socialização entre surdos e ouvintes neste contexto de bilinguismo.O resultado dessa pesquisa mostra que a aprendizagem é deficitária para este grupo e a interação entre os surdos e ouvintes nesse contexto é muito tímida. Entretanto, a presença de 4 surdos em uma mesma sala é importante pois eles não ficam isolados. Além disso, elementos da cultura surda - a língua de sinais, neste caso - tornam-se visíveis.Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Ademilde Félix Gomes
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