Resumo
Apatita é o mineral mais amplamente usado para o Método de Traços de Fissão (MTF) [Tagami, T. and O´Sullivan, P. B., 2005, Rev. Mineral. Geochem., 58, 19-47]. O MTF é baseado no decaimento natural do Urânio (238 U), que cria regiões de desarranjo estrutural pela passagem dos fragmentos de fissão. É bem conhecido que os comprimentos dos traços de fissão são encurtados pela ação combinada do tempo e da temperatura, processo este chamado annealing. A obtenção das histórias térmicas através dos traços de fissão em apatitas necessita do conhecimento do comportamento do annealing dos traços e é sabido que este processo depende da composição do mineral. A microespectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier ( FTIR) é uma forma não destrutiva de caracterizar a estrutura química da apatita em correlação com a cinética de annealing [Siddall, R. and Hurford, A. J., 1998, Chem. Geol., 150, 181-190]. Neste trabalho, cristais de apatitas alcalinas de Ponta Grossa e Arco do Alto Paranaíba, Brasil, foram analisadas por FTIR com o objetivo de se observar variações nos picos de infravermelho. Em medidas rotineiras por traço de fissão, os grãos de apatitas são montados em uma resina epóxi cuja composição exata é desconhecida. Neste trabalho, é mostrado que realizando a subtração do espectro (apatita/resina menos resina), com a devida renormalização, é possível obter o espectro da apatita separadamente.
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Copyright (c) 2016 Rosane Palissari
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