Resumo
Em pacientes renais crônicos, a presença de anticorpos anti-HLA dificulta o encontro de doador de rim para o qual não esteja sensibilizado. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o nível de sensibilização aos antígenos HLA dos pacientes inscritos em lista de espera de rim de doador falecido, do Sistema Estadual de Transplante (SP), em abril de 2012 e acompanhados pelo laboratório de histocompatibilidade do Hemocentro de Campinas. O nível de reatividade contra painel de antígenos HLA (% PRA), o tempo de espera em lista única e o gênero dos pacientes foram avaliados em 516 inscritos (56%, homens). Os percentuais de pacientes com menos de um ano em lista correspondiam a 33,1%, com 1 a 5 anos 50,6% e com mais de 5 ano, 16,3%. Ausência de sensibilização foi observada em 68,8% dos homens e 26,3% das mulheres (X2, P<0,00001). Sensibilização exclusiva contra os antígenos HLA classe II, foi observada em apenas 2,4% dos homens e em 3,9% das mulheres e não aumentou conforme o tempo espera para transplante. Os percentuais de pacientes hipersensibilizados (%PRA classe I >80%) foram 23,4%, 29,5% e 44,0%, respectivamente, nos grupos de pacientes com menos de 1 ano, com 1 a 5 anos e com mais de 10 anos em lista de espera para transplante. Dentre os 71 pacientes hipersensibilizados, 72,3% são mulheres. O levantamento permitiu concluir que o nível de sensibilização das mulheres é maior que o dos homens, e que pacientes hipersensibilizados tendem a permanecer por mais tempo aguardando doador compatívelEste trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Sofia Rocha Lieber
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