Resumo
A administração de medicamentos sólidos orais via sonda em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) deve ocorrer de forma racional e segura. O objetivo do trabalho foi de analisar os medicamentos sólidos orais padronizados no Hospital da Mulher da Unicamp, de acordo com a possibilidade de serem administrados via sonda. Foi realizado um levantamento dos medicamentos sólidos orais padronizados no CAISM e posterior análise da revisão da literatura publicada. Foram analisados 60 medicamentos sólidos orais, dentre eles, 20 não devem ser administrados via sonda (33,3%), cujos principais fatores de complicação são: falta de estudos (7), risco de obstrução da sonda (6), risco biológico (3), inativação do princípio ativo (3), danos ao trato gastrointestinal (3), alteração da farmacocinética (3) e dificuldade de dispersão (1). As alternativas para administração foram: solução injetável (4), solução oral (3), pó para solução injetável (1), suspensão (1) e solução injetável para administração via sonda (1). Em relação à interação fármaco-nutriente, em 13 casos (21,6%) pode haver alteração significativa na absorção do medicamento se administrado juntamente com a nutrição enteral. A compilação e divulgação destes dados auxilia a equipe multiprofissional da UTI a implementar uma terapia farmacológica via sonda de forma racional, prevenindo problemas relacionados a administração de medicamentos por esta via.Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2016 Nice Maria Oliveira Silva
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