Resumo
Os cuidados paliativos devem basear-se em uma abordagem que promova a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, prevenindo e aliviando o sofrimento, por meio do tratamento da dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. É necessário o envolvimento de toda a equipe, inclusive do farmacêutico clínico, que atua de forma a solucionar problemas relacionados à terapia medicamentosa. O objetivo deste trabalho foi avaliar Interações Medicamentosas Potenciais (IMPs) nas prescrições de pacientes sob cuidados paliativos na Unidade de Internação de Oncologia Clínica - (UI Onco) do Hospital da Mulher Professor Doutor José A. Pinotti – CAISM-UNICAMP. O profissional farmacêutico participou semanalmente das visitas à pacientes internadas na UI Onco e das discussões multidisciplinares dos casos clínicos, avaliando as prescrições médicas. Em 4 meses, foram avaliadas as prescrições de 124 pacientes sob cuidados paliativos, com média de idade de 56,5±17,4 anos. O número médio de medicamentos foi de 8,2±2,9 por paciente e a média de IMP foi de 2,1 por paciente, sendo que 71,0% delas apresentou ao menos uma IMP em sua prescrição. Em relação à severidade, as interações medicamentosas de moderada severidade foram as mais presentes e exigiram medidas de monitoramento e conhecimento por parte da equipe sobre seus possíveis riscos. Ressalta-se que as IMPs aqui identificadas são previsíveis e durante o estudo não foi observada a sua real ocorrência. O farmacêutico mostrou-se de grande relevância na equipe de cuidados paliativos, por contribuir na discussão das medidas de segurança e efetividade da farmacoterapia.
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Copyright (c) 2016 Nice Maria Oliveira Silva
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