Resumo
Este trabalho é um recorte de um estudo maior que pretende investigar o que significa ser ético durante a interpretação da língua de sinais. Temos assistido, nas últimas décadas, a um processo curioso: a elevação da ética a tema de grande importância, fora dos círculos estritamente filosóficos inclusive nos Estudos da Tradução tem sido um tema recorrente. O objetivo desse estudo é problematizar o conceito de ética para a interpretação em língua de sinais. O corpus será o capítulo 1, artigo 1°: O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais, as quais foram confiadas a ele. - Código de Ética do Intérprete de Língua de Sinais – ILS —, código reconhecido pela Federação Nacional de Educação e Integração do Surdo – FENEIS. Por que analisar o Código de Ética dos Intérpretes de Sinais do Brasil? O ILS é um sujeito constituído na e pela linguagem, que não é transparente: tem seu sentido dado pela história e pela ideologia. Se considerarmos que, para Bakhtin, a ética é um modo de relacionamento do indivíduo consigo mesmo, a questão que se coloca é eminentemente prática. Não se trata de investigar seu conteúdo, de propor um fundamento que volte a legitimar um código (ainda que mínimo), mas de perguntar-se como o intérprete da língua brasileira de sinais se constitui sujeito ético de suas ações.
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Copyright (c) 2016 Andrea Da Silva Rosa, Maria Ines Bacellar Monteiro
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