Resumo
Apesar de ser um procedimento de grande porte, com morbidade não desprezivel, o transplante hepático aumenta a sobrevida dos pacientes com doença hepática grave. O objetivo foi analisar aspectos da vida pessoal e da qualidade de vida desses pacientes por meio de entrevista, entre janeiro de 2012 a maio de 2013, no Ambulatório de Transplantes do Gastrocentro- Unicamp. Foram entrevistados 40 transplantados do sexo masculino (72,7%) e 15 do sexo feminino (21,3%), com idade média foi de 48,3 anos (18-67 anos). O tempo médio entre o transplante e entrevista foi de três anos (1-12 anos). A indicação do transplante foi por hepática alcoólica, hepatite B, hepatite C, o carcinoma hepatocelular e outros, respectivamente, em 27,2%, 10,9%, 27,2%,3,6% e 31,1% dos casos. 52% dos pacientes eram casados e 22% solteiros. Melhoria nas relações familiares foi relatada por 50,1% e 21,8% dos pacientes. A melhoria da situação financeira foi relatada por 43,6% dos casos, o equivalente em 32,7% e em 23,7% ficou pior. A melhora na ingestão alimentar, na atividade física e atividade sexual foi relatado por, respectivamente, 89%, 54,5% e 36,3% dos pacientes. Os sintomas depressivos foram identificados em 32,7% dos pacientes. E avaliação pessoal do transplante foi considerada positiva por 85,4% dos pacientes. Concluiu-se que todos os aspectos pessoais analisados tiveram melhora significativa após o transplante, mostrando que o procedimento leva à melhoria da qualidade de vida para os pacientes com doença hepática grave.
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Copyright (c) 2016 Ana Maria Neder de Almeida Elaine, Cristina Ataíde, Elisabete Yoko Udo, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin, Maria de Fatima Trovato Mei, Teresa Cristina Mucinhato Portugal