Resumo
A partir da regulamentação da Língua Brasileira de Sinais e políticas de inclusão propostas pelo sistema educacional brasileiro tem favorecido a inserção de pessoas surdas adultas aos diferentes tipos de atendimentos educacionais disponíveis no país. Nessa direção abre-se espaço para a inclusão do adulto surdo que quando criança foi privada dos conhecimentos distribuídos nos ambientes escolares. Com a visibilidade da língua de sinais, os familiares perceberam que poderiam oportunizar aos surdos adultos a aprendizagem de uma língua e de novos conhecimentos para além dos muros de suas residências. Sem comunicação não há inclusão, portanto se desejamos que de fato os adultos surdos sejam participantes ativos de um grupo social é preciso que seja dado a eles uma língua, por meio da qual possam se apropriar de diferentes saberes. Nosso trabalho consiste em ensinar a língua de sinais de forma significativa, ou seja, elaborar matérias visuais sobre diversos saberes, possibilitando que esses sujeitos se tornem falantes da sua língua natural. Os atendimentos são realizados no Centro de Estudos e Pesquisa em Reabilitação Prof. Dr. Gabriel Porto – CEPRE/FCM e participam do programa 5 surdos adultos sendo 4 moças e 1 rapaz. O trabalho teve inicio em março de 2014. Durante as aulas ficou constatado que todos os sujeitos desenvolveram capacidade de expressar de forma coerente em língua de sinais seus desejos e acontecimentos do dia-a-dia, produzindo interação entre o grupo e os professores.
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Copyright (c) 2016 Andrea da Silva Rosa, Jessica Pereira Careta