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Rastreabilidade manual dos processos de limpeza, preparo e devolução para órteses, próteses e materiais especiais em um centro de material e esterilização de um hospital universitário
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Palavras-chave

Enfermagem
Esterilização
Infecção hospitalar
Gestão

Como Citar

MARCONATO, Rafael Silva; PIRES, Michelle Alves; ALMEIDA, Nelisa Abe da Cruz; SOUZA, Daniela Nunes de; MARCONATO, Aline Pergola. Rastreabilidade manual dos processos de limpeza, preparo e devolução para órteses, próteses e materiais especiais em um centro de material e esterilização de um hospital universitário. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, Campinas, SP, n. 8.Eixo 1, p. e02201007, 2023. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/simtec/article/view/18216. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

Introdução: A limpeza dos produtos para a saúde (PPS) consiste na remoção de debris e sua eficiência depende de fatores corretamente empregados e é considerada uma das mais importantes etapas do processamento. As órteses, próteses e materiais especiais (OPME) são materiais complexos com alto custo e não pertencentes à instituição e, portanto, circulam em diversos serviços tornando difícil controle e padronização de fluxos. A RDC 15/2012 define que devem ser entregues limpos pela empresa, processados na instituição e devolvidos limpos, cujas etapas devem ser rastreáveis. Objetivo: Descrever a criação de um formulário para rastreabilidade do processo de limpeza, preparo e devolução dos materiais consignados de OPME. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiencia sobre a criação e implantação de um instrumento para registro manual das etapas de limpeza e preparo de OPME em Centro de Material e Esterilização (CME) de hospital universitário paulista. Resultados: O instrumento foi criado em maio de 2021 pelos enfermeiros do CME e identifica: nome do material, empresa responsável pela entrega, data e hora do recebimento, seguido das etapas: recebimento e conferência; limpeza; secagem; preparo; limpeza pré devolução. O responsável por cada etapa assinar, carimbar e descrever se o PPS apresentou sujidade e se a apto para continuidade e anexa a nota de entrega que acompanhará o material durante sua permanência no Hospital. Por fim, após a saída do instrumental da instituição, o formulário é avaliado pela enfermeira do OPME e arquivado. O formulário foi implantado em junho de 2021, após capacitação da equipe, inicialmente apenas para materiais chamados transitórios, que são entregues para cirurgia específica e retirados após o procedimento. Em julho de 2021, foram recebidos 40 Kits de transitórios, destes 36 (90%) tiveram a nota de recebimento anexada ao formulário, 5 (12,5%) registraram sujidade, dos quais 2 no momento do preparo, 1 na secagem e 2 na devolução. No primeiro mês de implantação o CME recebeu uma notificação de evento adverso de sujidade e por meio do formulário foi possível identificar todas as etapas envolvidas e aplicar medidas educativas e administrativas direcionadas. Conclusão: O uso de formulário para rastreabilidade dos OPME foi uma ferramenta que se demonstrou eficaz no monitoramento do processo de limpeza e preparo, permitindo identificação de pontos críticos dos processos, favorecendo ações de orientação, educacionais e notificação aos profissionais e empresas envolvidas, fortalecendo a segurança dos pacientes. Outra percepção CME é que houve incremento na responsabilidade da equipe por cada etapa do processo, valorizando os protocolos de limpeza.

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Referências

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (APECIH). Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. 4. ed. São Paulo: APECIH, 2021, 464 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC No 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União [Internet]. 12 mar. 2012. Acesso em: 7 set. 2021.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DO CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (SOBECC). Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para saúde. 7. ed. São Paulo: SOBECC; 2017.

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