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Avaliação de parâmetros clínicos e eficácia da vacinação contra covid-19 entre funcionários de serviços de saúde durante a pandemia de covid-19
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Palavras-chave

Vacina
Covid-19
Obesidade
Diabetes

Como Citar

MOREIRA, Ricardo Pereira; PAGAMICCE, Leila Tassia; MUSCELLI, Elza; FRISON, Fernanda Sucasas; FARIA, Marina B. A. B. de; LIMA, Giovana C. de; CHUEIRE, Valéria B.; RODOVALHO, Sylka. Avaliação de parâmetros clínicos e eficácia da vacinação contra covid-19 entre funcionários de serviços de saúde durante a pandemia de covid-19. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, Campinas, SP, n. 8.Eixo 4, 2023. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/simtec/article/view/18204. Acesso em: 6 maio. 2024.

Resumo

Introdução: A pandemia de covid-19 levou a uma crise de saúde mundial sem precedentes. Vários estudos indicaram uma relação entre obesidade (OB) ou diabetes mellitus (DM) e a gravidade e progressão da Covid-19. A vacinação deve diminuir a disseminação do vírus. Diante do pior prognóstico da infecção pelo SARS-CoV-2 em pacientes OB e com sobrepeso (SP), a vacinação se tornou uma medida crucial nesses grupos, uma vez que a mesma demonstrou alta eficácia contra a covid-19 na população em geral. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a evolução clínica, parâmetros antropométricos e eficácia da vacinação contra a covid-19 entre trabalhadores obesos vs. magros em serviços de saúde da PUC Campinas e da Unicamp, e em diferentes turnos, durante a pandemia de covid-19. Metodologia: O estudo constou de um questionário on-line autoaplicável, incluindo questões sobre: vacinação; início dos sintomas da infecção pelo SARS-CoV2; início ou agravamento da DM; alterações nos parâmetros antropométricos; hospitalização antes e após a vacinação. A eficácia da vacina foi avaliada durante um seguimento de 6 meses. A coleta dos dados foi realizada de julho de 2021 a fevereiro de 2022. Houve aprovação, tanto pelo CEP da Unicamp, quanto da PUC Campinas. Resultados: Do total de 485 participantes que responderam o questionário, 76% eram mulheres, sendo que 59% dos SP ou OB. Cerca de 11% relataram pré-diabetes ou DM, 18% hipertensão e 17% dislipidemia. 221 deles (45,6%) informaram diagnóstico de covid-19, antes ou após a vacinação, sem diferenças significativas entre grupos, gêneros ou circunferência da cintura. Desses, 56% tiveram infecção antes da vacinação. Dos que não tiveram antes da vacina, 11% tiveram a primeira infecção nos seis meses após duas doses da vacina, e 15,6% após 6 meses da vacina Coronavac (63%) ou Astrazeneca. Quanto à incidência de covid-19, não houve diferença estatisticamente significativa após vacina entre os grupos SP/OB e magros e os dois tipos de vacina. Os indivíduos com SP/OB apresentaram maior ganho de peso corporal que os magros durante a pandemia (p < 0,001). Após a vacinação, não houve diferença estatística nos casos de covid-19 nos trabalhadores noturnos em relação aos diurnos; no entanto, foram observados mais casos de covid-19 antes da vacinação nos trabalhadores noturnos (p= 0,025). Se considerarmos que a doença conferiu imunidade àqueles que tiveram a doença antes da vacina, o total de indivíduos expostos após a vacina seria 361, e foram contaminados em até seis meses 11,4%. Conclusão: A incidência de covid-19 foi alta em nossa amostra quando comparada à população geral, o que pode se dever a uma população mais exposta, mais diagnósticos realizados, subnotificação na população geral e maior participação de funcionários que tiveram covid-19. A vacinação teve eficácia semelhante em indivíduos SP/OB e magros durante o período de 6 meses, sem diferença entre magros e SP/OB. Os trabalhadores do turno da noite estavam em alto risco de covid-19 antes da vacina, e não mais apresentaram esse risco após a vacinação. A covid-19 pode ter intensificado a pandemia de obesidade. 

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