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Rodas de conversa com os(as) colaboradores(as) do CAISM
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Palavras-chave

Roda de conversa
Grupo
Escuta
Funcionário

Como Citar

SANTOS, Carla Rayane dos; SANTOS, Flávia Zanini Ribeiro dos. Rodas de conversa com os(as) colaboradores(as) do CAISM: Repensando as relações interpessoais e o ambiente de trabalho. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, Campinas, SP, n. 8.Eixo 3, p. e02200964, 2023. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/simtec/article/view/18150. Acesso em: 6 dez. 2024.

Resumo

Introdução/Objetivo: Os hospitais são organizações complexas, como descrevem Gondim e Tatagiba (2016), que desenvolvem atividades direcionadas para assistência em saúde, assumindo diferentes configurações em sua estrutura organizacional, conforme seus objetivos e nível de atuação. Em um cenário pandêmico, segundo Dantas (2021), foi possível identificar fenômenos psicossociais, como a Síndrome de Burnout, que emergiram como reações aos estressores presentes no cotidiano hospitalar, caracterizando a redução da realização com e no trabalho. Diante disto, no 1º semestre de 2022, buscou-se propiciar aos servidores do Caism, por meio de Rodas de Conversa, um espaço de discussão, problematização e reflexão acerca dos processos que influenciam a maneira como estes vivenciam e atribuem sentido às suas práticas. Metodologia: Foi possível utilizar uma intervenção que contempla uma metodologia participativa – Roda de Conversa – posto que a ação adotada proporcionou o contato com as histórias cotidianas dos sujeitos participantes, bem como a circulação da palavra no grupo, conforme conceituam Kliemann e Dias (2005). À vista disso, por meio da manifestação de interesse por ligação, dirigindo-se ao RH ou nos locais de trabalho, grupos de cinco (5) a dez (10) funcionários foram constituídos, independente do cargo ocupado, de modo que eles puderam interagir em um único encontro por, no máximo, 1h30min, levantando as potencialidades e necessidades de cada setor, identificando as diferentes concepções e vivências, a partir da pergunta disparadora: como me vejo e/ou me sinto em meu ambiente de trabalho? Resultados: Foram efetuadas 13 Rodas de Conversa, de 11/04 a 02/06, tendo sido estas no período da manhã e/ou tarde. Destarte, os 65 participantes (61 mulheres e 4 homens) - em sua maioria, Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem - validaram a falha presente na comunicação entre chefias e subordinados, o que pode ser o reflexo das exigências crescentes e a pressão para produzir, de modo que não há espaço ou tempo para tecer laços e contestações. Com isso, apura-se que, aqueles que se sentem incomodados e culpados por essa “ciranda gerencialista” da individualidade, acabam não se inserindo no ambiente organizacional com a flexibilidade e proatividade esperadas, assumindo estarem muito desgastados. Assim, ao se debruçar nas exigências focadas na alta capacitação, em especial, da Enfermagem, nota-se que tal cobrança vem acompanhada do não reconhecimento desses profissionais, que se colocam como invalidados e silenciados. Em contrapartida, os mesmos caracterizam o prazer que sentem com o “bem-estar” que promovem ao público que acessa o hospital, bem como os vínculos que conseguem manter dentro das equipes, sinalizando que grupos fixos de trabalho são mais “unidos” do que aqueles que sofrem com a rotatividade imposta. Conclusão: Caracterizou-se evidenciado a relevância que há em oferecer aos funcionários um espaço para problematizarem as suas condições de trabalho, assim como validar coletivamente o suporte emocional e de bem-estar que podem recorrer dentro e fora do hospital, o que auxilia no fortalecimento de vínculos, agregando para que futuras ações sejam elaboradas, destinadas e adotadas por estes.

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Referências

: DANTAS, E. S. O. Saúde mental dos profissionais de saúde no Brasil no contexto da pandemia por Covid-19. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online], 2021, v. 25. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/Interface.200203>. Acesso em: 9 set 2022.

GONDIM, D. S. M.; TATAGIBA, V. M. R. O. Conhecer para otimizar o fazer: sobre a representação social da psicologia no hospital. Revista de Ciências Sociais (UFES), v. 1 n. 19, 2016. 3p. Disponível em: https://doi.org/10.25067/s.v1i19.11134. Acesso em: 9 set 2022.

KLIEMANN, B. A. O.; DIAS, A. C. G. Experiências em Psicologia Comunitária: um estudo fenomenológico. Disciplinarum Scientia, Santa Maria, v. 6, n. 1 2005. 149-171pp. Disponível em:

https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/view/884. Acesso em: 9 set 2022

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