Resumo
Introdução/Objetivo: No Brasil, a permanência de um dos pais ou responsáveis pela criança durante a sua hospitalização é um direito previsto na Lei nº 8.069, de 1990 – Estatuto da Criança e de Adolescente. A pandemia do novo coronavírus - COVID-19 exigiu que as instituições hospitalares passassem por reorganização em suas rotinas, dentre elas a permanência das famílias. Neste contexto, foram necessários alguns ajustes visando estratégias que reduzissem o risco de disseminação viral entre as crianças e acompanhantes. Dessa forma, a revisão do material informativo tornou-se fundamental para melhorar a comunicação entre as famílias e a equipe na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, sobre as etapas de revisão e implantação de um material informativo para as famílias de crianças internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um hospital universitário do interior do Estado de São Paulo, após início da pandemia da COVID-19. Resultados: A primeira etapa para revisão do material informativo, já existente na unidade, foi a realização de uma busca livre na literatura sobre o coronavírus, assim como, a leitura de protocolos nacionais e internacionais, a fim de contemplar as novas normas sanitárias. O material informativo foi desenvolvido em formato folder por enfermeiras da unidade, com linguagem clara, acessível às famílias e sucinta, assegurando os direitos da criança e sua família, disponível na versão impressa e digital acessada por meio de Qrcode. A segunda etapa foi a atualização do conteúdo em que foram mantidas as informações sobre as normas e rotinas da unidade como: itens pessoais da criança, horário de almoço dos familiares, deveres e responsabilidades, uso do celular nas dependências da unidade. Os novos itens acrescentados em decorrência da pandemia foram: uso obrigatório de máscara, cuidados de prevenção da COVID-19 ao entrar na UTI, coleta de teste para COVID-19 do acompanhante para permanência da família e esquema de revezamento na sala de descanso. A terceira etapa foi a validação deste conteúdo pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e o mesmo passou a ser atualizado periodicamente. Conclusão: Após a revisão do folder com as novas normas sanitárias foi importante meio de comunicação entre a equipe e as famílias, contribuindo para a segurança e qualidade do cuidado, evidenciando ser possível garantir o direito da criança mesmo em tempos de pandemia.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília: Ministério da Saúde, 1991. 110p. Brasileira de Pediatria. Nota de alerta: Sistematização da assistência de pacientes com COVID-19 no serviço de emergência pediátrica. [Internet]. 2021 [Acesso 11 set. 2021]. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/ 22463c-NA_-Sistematiz_Assist_Covid-19_Serv_ EmergPed.pdf Mandetta MA, Balieiro MMFG. A pandemia da COVID-19 e suas implicações para o cuidado centrado no paciente e família em unidade pediátrica hospitalar. Ver. Soc.Bras. Enferm.Ped.2020(spe):77-84.
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