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Estratégias para reverter a queda nas taxas de vacinação no Brasil
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Palavras-chave

Programas de imunização
Cobertura vacinal
Papel da universidade pública
Covid-19

Como Citar

LEITE, Adilton Dorival. Estratégias para reverter a queda nas taxas de vacinação no Brasil: o papel da universidade pública. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, Campinas, SP, n. 8.Eixo 4, p. e02200736, 2023. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/simtec/article/view/18027. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

Introdução/Objetivo: O Programa Nacional de Imunizações (PNI) brasileiro, criado em 1973, foi responsável pela redução progressiva dos óbitos por sarampo, poliomielite e coqueluche no Brasil, fazendo com que o país conquistasse a certificação de área livre de circulação do Poliovírus selvagem e do Sarampo, essa última perdida em 2018. A queda da cobertura vacinal vem se intensificando desde 2013, e foi agravada durante a pandemia de covid-19, contribuindo com o aumento do contingente de indivíduos suscetíveis às diferentes doenças imuno preveníveis em todo o território nacional. O presente projeto teve por objetivo realizar uma análise das coberturas vacinais, baseada em dados dos sistemas de informações de imunizações, e discutir o papel da universidade sobre as taxas de imunizações atuais. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva que analisou as coberturas vacinais, baseando-se em dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) do Ministério da Saúde, no período de 2012 a 2021, e discutiu o papel da universidade nas taxas de imunizações atuais. Resultados: O índice de vacinação considerado ideal pelo Ministério da Saúde é acima de 90%. Entretanto, considerando-se as vacinas disponíveis no PNI, verificou-se neste estudo uma taxa geral de imunização muito aquém destes números: 77% em 2012, chegando a 50,4% em 2016, e, no último ano, ficando em 60,7%. Apenas em 2015 houve uma taxa ideal, com o alcance de 95%. A cobertura vacinal no Brasil vem caindo expressivamente nos últimos dez anos, deixando a população, especialmente o público infantil, mais vulnerável a doenças que já estavam erradicadas. Não há espaço mais apropriado e com potencial para engajar crianças e jovens, que levam os ensinamentos às suas famílias, que escolas e universidades. Ações como estimular a produção de projetos sobre o tema, ensinar sobre a importância da vacinação e da corresponsabilidade por toda a população, com evidências científicas sólidas, para a manutenção da erradicação de doenças imuno preveníveis, devem ser prioridade das escolas e universidades. À universidade cabe conduzir pesquisas, monitorar a cobertura vacinal da população, propor ações para prontamente reduzir riscos identificados, e manter uma relação colaborativa com os meios de comunicação de massa, divulgando informações de interesse público com linguagem acessível. Conclusão: Os dados apresentados evidenciam a necessidade urgente de ações estratégicas para que a tendência histórica atual de queda na cobertura vacinal no país seja prontamente revertida. É uma luta que precisa ser travada, ou serão vistas muitas doenças preveníveis por vacinas ressurgirem no Brasil em 2023. Uma ferramenta essencial neste sentido é a realização de campanhas com informações corretas, o que não tem sido feito. Apoiar políticas públicas que aproximem a população em geral para os assuntos de Universidades, como a UNICAMP, certamente irá colaborar para a melhoria deste cenário.

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Referências

World Health Organization. Implementing the immunization agenda 2030: a framework for action through coordinated planning, monitoring & evaluation, ownership & accountability, and communications & advocacy. Genebra: World Health Organization [Internet]. 2022 [acessado em 18 jul. 2022]. Disponível em: https://www.who.int/teams/immunization-vaccines-and-biologicals/strategies/ia2030.

Cruz A. A queda da imunização no Brasil. Saúde em Foco. Revista Consensus 2017; 25: 20-9. [acessado em 18 jul. 2022]. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/revistaconsensus_25_a_queda_da_imunizacao.pdf

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