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Impacto institucional do comitê de processamento de produtos para saúde
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Palavras-chave

Enfermagem
Esterilização
Infecção hospitalar
Gestão

Como Citar

MARCONATO, Rafael Silva; ALMEIDA, Nelisa Abe da Cruz; SOUZA, Daniela Nunes de; PSALTIKIDIS, Eliane Molina. Impacto institucional do comitê de processamento de produtos para saúde: relato de experiência. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, Campinas, SP, n. 8.Eixo 1, p. e0220889, 2023. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/simtec/article/view/18015. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

Introdução/Objetivo: O Comitê de Processamento de Produtos para Saúde (CPPS) torna-se obrigatória pela RDC nº 15 de 2012 para serviços com mais de 500 cirurgias ao mês. O propósito do CPPS é integrar as lideranças das instituições de saúde nas decisões que envolvem o Centro de Materiais e Esterilização (CME) e o processamento de Produtos para Saúde visando à segurança dos pacientes. Apesar disso, muitas instituições ainda têm este comitê inoperante ou pouco ativo. Na instituição referência, não era diferente, a CPPS era designada por portaria interna da Superintendência, entretanto, havia dificuldade nos cronogramas das reuniões, nas pautas e implantação das soluções propostas. Objetivo: Descrever as estratégias para aumentar a efetividade do CPPS e seu impacto na assistência de um Hospital de grande porte. Metodologia: Trata-se de um Relato de experiência. No início de 2021, o CME elaborou uma proposta para aumentar a efetividade das reuniões da CPPS, tais como: designação de novos membros com representatividade dos serviços, abordagem individual de cada representante para compreensão de sua função no comitê, inclusão de setores como Divisão de Suprimentos e Qualidade, estabelecimento de cronograma anual de reuniões, com periodicidade mensal, em dia e horário pré determinado e tempo de reunião 60 minutos , adoção de videoconferência, pauta previamente divulgadas. A CPPS conta com 10 membros designados, sendo 2 médicos e 8 enfermeiros, com representantes do CME, CCIH, DENF, CC e do Hospital, em média participam da reunião de 5 a 7 membros, nota-se ainda uma baixa adesão da equipe médica. Resultados: As estratégias adotadas têm se mostrado eficientes, no ano de 2021 foram realizadas oito reuniões, enquanto em 2019 foram 2 registradas e 2020 nenhuma. foram 49 pautas discutidas com temas como avaliação de insumos, qualidade de detergente, avaliação de processos de limpeza e esterilização, pareceres sobre reutilização de artigos de uso único, solicitação de ações estruturais, como reformas no arsenal, entre outras, dos pontos discutidos ao menos 22 deles tiveram resolutividade a partir da decisão da CCPS, 8 deles estão em andamento e 19 aguardam novas diretrizes e discussões. As videoconferências são gravadas para possibilitar o registro das decisões, portanto algumas ações definidas na rotina institucional têm sido oficializadas nas reuniões. Dentre as ações da CPPS tomadas em 2021 destaca-se: alteração do fluxo de entrega de materiais das unidades de internação, incorporação de tecnologias como monitores de limpeza e pacote desafio, mudança da rotina dos cabos de fibra óticas de esterilização para desinfecção, esterilização de materiais de video montados, validação de parecer técnico sobre reuso de produto de uso único e comunicação sobre eventos adversos como dificuldades com empresas terceirizadas, de consignação e planos de contingência para desabastecimento. Conclusão: O CPPS ativo favorece o Hospital, a segurança do paciente e o CME nas propostas de melhoria, resolução de problema e na maior visibilidade da importância da atenção ao reprocessamento de materiais num serviço de saúde. O respeito à estratégia de agenda fixa, de videoconferência, pauta e tempo determinado de reunião foram importantes para a melhorar a adesão dos membros, apesar disso ainda percebe-se dificuldade em atrair a participação da alta gerência e da equipe médica nas reuniões para aumentar a sua efetividade.

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Referências

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-de-marco-de-2012. Acesso em: 01 mai 2022.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO. Práticas recomendadas SOBECC. São Paulo: Manole, 2013. 6.ed PADOVEZE, M.C.; GRAZIANO, K.U. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2021.

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Copyright (c) 2023 Rafael Silva Marconato, Nelisa Abe da Cruz Almeida, Daniela Nunes de Souza, Eliane Molina Psaltikidis

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