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Central TILS da Unicamp
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Palavras-chave

Jardim medicinal
Saberes ancestrais e científicos

Como Citar

MORAES, Juliana Fernandes de. Central TILS da Unicamp: atuação universitária para além da esfera acadêmica. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, Campinas, SP, n. 8.Eixo 3, 2023. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/simtec/article/view/17993. Acesso em: 2 dez. 2024.

Resumo

Introdução: Neste trabalho, analisamos a prática da Central de TILS (Tradutores e Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), durante os anos de 2018 e 2019, a partir dos dados levantados nos relatórios anuais prestados à Pró Reitoria de Graduação das atividades desenvolvidas. Objetivo: A intenção é que, a partir de uma reflexão mais situada do trabalho realizado pela equipe de intérpretes dessa Universidade, possamos contribuir a) com a construção de entendimentos que ampliam os sentidos atribuídos à noção de “interpretação na esfera acadêmica” e, assim, b) com a problematização sobre a formação de futuros profissionais que venham a atuar no contexto das universidades públicas. Metodologia: É um estudo quantitativo e qualitativo em que o interesse em focalizar tal prática se deu pela diversidade de demandas que a Central de TILS foi solicitada a atender. Foram realizados: (i) levantamento quantitativo das atividades desenvolvidas durante os anos de 2018 e 2019; (ii) reflexão qualitativa a respeito dos conhecimentos, estratégias, competências, habilidades e atitudes do profissional intérprete requeridos para cada uma das atividades desenvolvidas; (iii) percepção da realidade que mobilizou a necessidade de revisitarmos as pesquisas já existentes sobre a atuação dos intérpretes na esfera acadêmica, uma vez que observamos uma lacuna nesses estudos no que se refere a uma descrição que visibilizasse a complexidade da atuação profissional no âmbito universitário. Resultados: A criação e implementação de uma Central de TILS na Unicamp ocorreu no ano de 2015 para atendimentos aos alunos e usuários surdos que frequentam regularmente o campus da cidade de Campinas. A média de pessoas surdas atendidas por essa Central nos anos de 2018 e 2019 foi de 15 sujeitos. A partir dos dados levantados e organizados para os relatórios anuais da Central de TILS, em 2018 e 2019, observamos que foram desenvolvidas atividades de tradução e interpretação nos seguintes âmbitos (conforme Figura 1): aulas de pós-graduação (165), atividades relacionadas à pós graduação como bancas de defesa, reuniões de orientação, estudos dirigidos e grupos de pesquisa (36); eventos internos e externos, como simpósios, congressos, conferências, mesas, solenidades e oficinas (75), mas também mostras cênicas (27); gravações de janelas de libras para materiais institucionais (59); reuniões técnicas e administrativas (42), atendimentos na área da saúde a usuários SUS (18); concursos públicos e processos seletivos (02) e acompanhamento de professor visitante (01). Conclusão: Argumentamos que o que se convencionalizou considerar da área como intérprete da esfera acadêmica pode não contemplar sua atuação no âmbito universitário, isto é, que pode envolver muito mais do que somente o campo mais tradicionalmente concebido como acadêmico, incluindo atividades de interpretação comunitária, na saúde, artística, midiática, áudio visual e técnica-administrativa, que demandam conhecimentos, estratégias, competências, habilidades e atitudes do profissional intérprete que são específicas e diferenciadas para cada área.

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Referências

DINARTE, L. D. R.; RUSSO, A. Tradução e interpretação de língua de sinais no contexto da pós-graduação: problematizando posições. Cadernos de Tradução, v. 35, no. Especial 2, p.174-196, 2015.

LACERDA, C. B. F.; GURGEL, T. M. A. Perfil de tradutores-intérpretes de Libras (TILS) que atuam no ensino superior no Brasil. Revista Brasileira de Educação Especial, v.17, n.3, p.481-196, 2011.

METZGER, M. Os destaques das pesquisas sobre interpretação de língua de sinais no contexto acadêmico da interpretação comunitária. Cadernos de Tradução, v.2, n.26, p.13-61, 2010.

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