Os impactos do adoecimento em mulheres em tratamento oncológico

Resumo

Introdução: O câncer é o principal problema de saúde pública e já está entre as quatro principais causas de mortes prematuras. No Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020- 2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer, sendo que em mulheres os cânceres de mama tem estimativa de 29,7% (INCA, 2019, p.26). O câncer é um problema de saúde pública, considerado um desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS) (INCA, 2018). Objetivo: Apresentar os impactos relacionados ao adoecimento enfrentados por mulheres em tratamento por câncer de mama, atendidas pelo Serviço Social nos ambulatórios de oncologia e unidades de internação em um hospital terciário que atende exclusivamente através do SUS, prestando assistência interdisciplinar de alta complexidade. Metodologia: Foi realizada pesquisa documental, com análise secundária via prontuário eletrônico. Através da pesquisa foi possível obter dados utilizados pelo Serviço Social, considerando a intervenção do assistente social para viabilizar o suporte protetivo para o cuidado em saúde e socioassistencial. Resultados: Detectamos situações em que o adoecimento apresenta grandes impactos para a mulher e para a sua rede familiar. Diante do agravamento da doença oncológica são apresentados os impactos socioeconômicos, nas relações familiares, na vida profissional e na autoimagem. O adoecimento de um membro da família desorganiza toda a rotina familiar, principalmente em relação ao trabalho e na organização do processo de cuidado. Frente aos impactos do adoecimento, o assistente social necessita realizar acolhimento e ter uma escuta qualificada para a efetivação de direitos sociais. Posteriormente, realizando a interlocução com a equipe interdisciplinar e com a rede de atendimento do território para a transição de cuidados de saúde e socioassistencial. Conclusão: O assistente social ancorado nos fundamentos teórico-metodológicos da profissão, no projeto ético político e nos aspectos técnico - operativo, realiza a interlocução com a rede de atendimento do território a fim de garantir direitos sociais e de cidadania na perspectiva de proporcionar uma qualidade de vida à mulher diante das fragilidades e dos impactos do adoecimento por câncer.