Cateter nasoenteral: revisão da prática da inserção à liberação do uso visando cultura de segurança

Resumo

Introdução: O cateter enteral é um dispositivo que pode ser introduzido por via nasal ou oral e posicionar-se no estômago, disponibilizando uma via de acesso para nutrição e medicamentos para pacientes impossibilitados de ingerir e deglutir por via oral. Esta condição é comum na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O enfermeiro é o profissional responsável por realizar a inserção e a manutenção do dispositivo, além de supervisionar a administração de medicamentos e nutrição. Estudos mostraram que a taxa de complicações relacionadas à sonda enteral é alta. Objetivo: Mediante ao risco inerente ao procedimento e a possível ocorrência de eventos adversos relacionados viu-se a necessidade de realizar uma revisão e atualização dos procedimentos e processos relacionados ao uso do cateter enteral na UTI. Metodologia: Realizada revisão da literatura para atualização do conteúdo a ser ministrado à equipe de enfermagem da UTI e posteriormente oferecido o treinamento com aula expositiva dialogada com estudo de caso por três dias, nos turnos manhã, tarde e noite. Resultados: Participaram do treinamento 36 enfermeiros e 106 técnicos de enfermagem das três UTIs do HC Unicamp. O novo procedimento adotado após revisão de literatura científica aprimorou o procedimento de prescrição da inserção do cateter enteral registrado em prescrição e as etapas de liberação do uso do dispositivo médico conforme os protocolos institucionais de segurança do paciente, que envolvem a avaliação da imagem radiográfica disponibilizada em sistema de exames da unidade, prosseguida de registro médico completo em prescrição médica que confirma a liberação do cateter para infusão de medicamentos e nutrição. Além disso, foi reforçado à toda equipe que se houver qualquer dúvida em qualquer etapa do processo da inserção à liberação, o processo deve ser refeito. Conclusão: O novo modelo de procedimento de prescrição e liberação do uso de cateter enteral em pacientes da Terapia Intensiva aprimorou os protocolos de segurança do paciente e a prevenção de eventos adversos. A nova rotina traz mais segurança aos profissionais que realizam o procedimento e garante a segurança do paciente.