Protocolo de avaliação da aptidão a brigada de incêndio da FEF

Resumo

Introdução/Objetivo: Para composição da Brigada, é preciso ter boa condição física e de saúde. Com a implantação da Brigada de incêndio na FEF, em dezembro de 2021, surgiu a necessidade de critérios para a elegibilidade dos servidores à participação no curso de formação da Brigada. Para suprir tal necessidade e diante da inexistência de avaliações, foi criado um protocolo para verificar a aptidão do servidor no que compete às capacidades requeridas na atuação diante de um Principio de Incêndio. Objetivo: criação de protocolo de avaliação para obter medidas qualitativas e quantitativas sobre as condições físicas e de saúde, acordo com as especificidades das edificações e classificação de risco da FEF. O objetivo secundário é possibilitar uma autoavaliação das condições necessárias para compor a brigada. Metodologia: O protocolo consiste em um questionário (9 questões fechadas sim ou não), com perguntas sobre as condições de saúde, locomoção, visão, doenças, visando verificar a existência de algo que impossibilite a sua participação na brigada de incêndio. Seguido em três avaliações: 1) Avaliação das condições de repouso: pressão arterial e frequência cardíaca Essa etapa será realizada para garantir que as condições fisiológicas de repouso estão dentro do parâmetro considerado normal. 2) Teste de atendimento de emergência: Consiste em agachar e simular a posição de compressão torácica no manequim. 3) Teste de Deslocamento de 25m: caminhar um percurso de 25m, em piso plano e subir uma escada de 18 degraus, carregando extintor de 5kg. Após a finalização do teste será aferida novamente a PA e FC. Resultados: Os 24 voluntários avaliados foram considerados aptos à participação no curso de formação na brigada de incêndio ao realizar o protocolo inteiro. As avaliações ajudaram no esclarecimento sobre as condições físicas necessárias, no que compete às capacidades requeridas na atuação diante de um principio de incêndio. Todos os participantes apresentaram valores de pressão arterial de repouso normal ao inicio do protocolo. O teste de deslocamento de 25m, que é a distancia máxima entre os extintores, foi facilmente percorrida, mesmo com a sobrecarga de 5kg (peso do extintor). Ao realizar os testes, os voluntários mostraram-se motivados à participação quando viram que eram capazes de executar as avaliações propostas: capacidade de locomoção (movimentos como agachar para prestar os primeiros socorros, subir e descer escada) leitura (ler no rotulo a indicação do extintor, acionar socorro via telefone) e de caminhar carregando um extintor. Conclusão: O protocolo se mostrou eficaz para a obtenção de medidas quantitativas e da auto-avaliação das condições físicas para os candidatos ao curso de formação da Brigada de incêndio. Futuramente serão incluídas mais avaliações para aperfeiçoamento do protocolo.