A EXPOGRAFIA DE JANETE COSTA: ARTESANATO E ARTE POPULAR
Natália Alencar de Melo Paes
MAR Projetos e Criação Ltda, Brasil
natalia.paes@gmail.com
Fernando Diniz Moreira
Universidade Federal de Pernambuco, Brasil
fernando.moreira@ufpe.br
RESUMO
Em seu trabalho em prol da valorização da arte popular e do artesanato, Janete Costa (1932-
2008) utilizou as áreas de arquitetura de interiores, design de objetos, restauração e conservação
de bens históricos e expografia como plataformas para a causa. Além de especificar objetos
artesanais em seus projetos e orientar artesãos para melhor inseri-los no mercado, a arquiteta
promoveu exposições para divulgar estes trabalhos e educar o público. Desde a década de 1980,
Janete Costa passou a atuar como curadora e produtora, sendo responsável pela expografia de
inúmeras mostras. Se sua obra em interiores só recentemente tem recebido a devida atenção da
academia, inexistem estudos sobre o seu trabalho expográfico. A partir de um levantamento de
todas suas exposições, este trabalho visa explorar o universo expográfico de Janete,
particularmente em relação à arte popular e artesanato. Serão analisadas com mais detalhe três
expografias – nas exposições Que Chita Bacana (2005), Uma Vida (2007) e Nordeste:
Territórios Plurais, Culturais e Direitos Coletivos (2008) – em relação às decisões projetuais e
de tratamento expográfico, os percursos eleitos, a relação com os edifícios que sediaram estas
exposições, os projetos de suportes, vitrines e septos, e os efeitos de iluminação, assim como
as relações com seus projetos de interiores.
Palavras-chave: Expografia. Patrimônio. Arte Popular. Janete Costa.
LA EXPOGRAFÍA DE JANETE COSTA: ARTESANÍA Y ARTE POPULAR
RESUMEN
En su trabajo a favor de la valoración del arte y la artesanía popular, Janete Costa (1932-2008)
utilizó como plataformas de la causa las áreas de arquitectura de interiores, diseño de objetos,
restauración y conservación de bienes históricos y expografía. Además de especificar objetos
artesanales en sus proyectos y orientar a los artesanos para insertarlos mejor en el mercado, la
arquitecta promovió exposiciones para dar a conocer estos trabajos y educar al público. Desde
la década de 1980, Janete Costa ha trabajado como comisaria y productora, siendo responsable
de la expografía de numerosas exposiciones. Si su trabajo en interiores ha recibido
recientemente la debida atención por parte de la academia, no existen estudios sobre su obra
expográfica. A partir de un recorrido por todas sus exposiciones, este trabajo pretende explorar
el universo expográfico de Janete, particularmente en relación con el arte y la artesanía popular.
Tres expografías serán analizadas con más detalle – en las exposiciones Que Chita Bacana
(2005), Uma Vida (2007) y Nordeste: Território Plurals, Culturais e Direitos Coletivos (2008)
– en relación con las decisiones de diseño y el tratamiento expográfico, las rutas elegidas, la
relación con los edificios que acogieron estas exposiciones, los diseños de soportes, ventanas y
tabiques, y los efectos de iluminación, así como las relaciones con sus proyectos de interior.