prédios sólidos e com maiores e melhores acomodações para o cumprimento das normas que
presidem os currículos legais do ensino” (SMEA, 1956, p. 5).
No item ‘continuidade do convênio escolar com o Estado’, informava-se a
concordância, da Secretaria de Educação e Cultura do Estado, em nomear os professores para
escolas, e a aprovação, pela Comissão de Planejamento e Construção de Prédios Escolares, das
plantas e tipos de construções dos prédios projetados.
Finalmente, no item ‘conclusões’, o secretário ressaltou que:
A realização do presente plano, vem solucionar um dos mais fundamentais
problemas da atual Administração, com profunda a ressonância sôbre o nível
de cultura do nosso pôvo. Os prédios projetados abrigaram no próximo
exercício letivo cêrca de 17.850 escolares, o que equivale a eliminação, por
algum tempo de quaisquer deficiências do ensino primário em Pôrto Alegre e
desafogará a situação para outras realizações de caráter definitivo (SMEA,
1956, p. 6).
Ao final do governo, apresentou-se um relatório das ações da prefeitura, que tomou
forma no documento intitulado Escolas novas para Pôrto Alegre (PREFEITURA-A, 1959).
Nele, consta que as obras foram estruturadas em três fases. A primeira fase foi dedicada para a
conclusão de obras iniciadas em governos anteriores. Na segunda fase, destaca-se a construção
de prédios escolares mistos, de alvenaria e madeira. A terceira fase - identificada pela expressão
plano de escolas populares - envolveu a construção de prédios de madeira, fabricados em série.
Com estes, buscava-se sanar o déficit de vagas, assim como substituir os prédios existentes em
mau estado de conservação.
No relatório (PREFEITURA-A, 1959), consta que, na primeira fase, foram concluídos
quatro prédios e um estava em construção. Na segunda fase foram concluídos 12 prédios. Na
terceira fase foram concluídos 120 prédios, estavam em construção vinte e planejados outros
trinta. Em síntese, de acordo com o relatório, foram concluídos 136 prédios, 21 estavam em
construção e trinta estavam em planejamento.
No documento, constam informações relacionadas com a localização, custo das obras e
uma formulação discursiva pela qual se enfatiza o expressivo número de novos prédios, o
crescimento do número de vagas disponibilizadas, a disseminação de escolas pelo território da
cidade, a redução do custo das obras, a aplicação, pela primeira vez, do percentual
constitucional de 20% sobre a arrecadação tributária em manutenção e desenvolvimento do
ensino, gráficos e 85 fotografias, pelas quais pode-se ver aspectos do andamento das obras,
operários e alunos.