trabalhos da comissão serão organizados em quatro subcomissões: orientação geral onde
encontravam-se os princípios democráticos e de extensão da educação obrigatória. Naquela
época, a educação obrigatória na França era apenas dos 6 aos 14 anos; programa e métodos-
que trata do conteúdo do ensino, da pedagogia das classes nouvelles; formação dos mestres-
com um papel muito importante que é o de melhorar a formação dos professores; e o que vai
ser chamado de educação geral - como eu vou lhes mostrar, e que traz um espectro de disciplina
no seio desse projeto de reforma da Educação.
No que tange a essa reforma do ensino, o objetivo foi remediar as injustiças escolares, o que
são devidas ao fato daquilo que advém de uma desigualdade social.
A formação de professores tem que garantir o combate a essas injustiças sociais.
Então, foi com uma circular de 3 de julho de 1945, assinada pelo diretor geral de ensino, Jean
Bayet, que vai instituir as classes nouvelles, isso foi instituído primeiramente para os alunos de
11 anos, o que aqui no Brasil corresponderia ao primeiro ano do Ensino Fundamental II. E nessa
circular de 1945, que era feita para os alunos do 1º ano do Fundamental II (les sixième- le
première classe du collège), ele escreveu o seguinte: “se trata de promover uma Pedagogia que
procura formar pela cidade do amanhã, bom cidadão e bom trabalhador, mas que esteja em
busca desse objetivo a tradição humanista francesa”. Preocupado em estimular em cada
indivíduo, esses poderes, essas exigências do homem livre, ele disse: “o bom cidadão, um bom
trabalhador”, então ele se dirige majoritariamente à classe social popular. Desenvolver isso é
difícil, mas na França, naquele momento, havia duas escolas, uma escola primária gratuita
pública de 6 a 13 anos- frequentada pelas crianças do meio popular- e ao lado os liceus, os quais
se abrangia as crianças de 6 a 16 anos, mas que era [um ensino] particular e que era destinado
às crianças da burguesia. Então vocês veem que a escola paga vai até os 16 anos, que então ela
preparava para o Baccalauréat (que permite que os estudantes possam ir para a universidade,
[como se fosse o Enem aqui]). Esse texto da comissão de reforma, vai ter uma orientação
política que eu digo para vocês e que é muito importante, muito rápido, aparece uma questão
sobre o estatuto desse ensino. Então, eu estou dizendo aqui para vocês que existe uma hesitação
quanto ao estatuto, em relação ao novo ensino, segundo uma aplicação oficial dessa reforma,
como uma simples experimentação. Então, as palavras que me remetem à experiência são as
que provêm de provisório e incerto. Em uma outra circular de 1945, o diretor do ensino
secundário que era responsável pelo Ensino Médio, ele escreve, eu cito: “eu vos lembro a
importância desse ensino novo, que prepara novas reformas de ensino, se trata de uma
instituição e não de uma experiência”. Essa publicação nessa circular, vai ter um destino
bastante particular, porque no meio de outubro de 1945, um mês depois da circular, o mesmo