ESTÁGIO
A Escola de Aplicação tinha como objetivo oferecer estágio a alunos da Faculdade de
Educação de acordo previamente estabelecido com os professores de Práticas. Foram atendidos
estagiários do curso de pedagogia (Metodologia, Prática, Habilitações em Administração
Escolar e Supervisão do Ensino; dos cursos de licenciatura: educação física, inglês, francês,
língua portuguesa. Ciências sociais, história, geografia, ciências e matemática. Também foram
atendidos alunos dos cursos de licenciatura: educação física, inglês, francês, língua portuguesa,
ciências sociais, história, geografia, ciências e matemática, entre outras.
Como orientação para as práticas escolares e atividades extraclasse. Em 1977, Azanha
escreveu a seguinte diretriz para a EA:
Desde alguns anos, o interesse e até mesmo a preocupação com a educação
vem se acentuando extraordinariamente numa certa camada da população.
Como consequência disso têm-se depositado esperanças crescentes e até certo
ponto, infundadas na ação da escola. Espera-se dela talvez o milagre de
produzir gerações futuras menos angustiadas e perplexas do que as atuais.
Evidentemente, o próprio professor não poderia escapar a esse clima de
entusiasmo. É nesse quadro, talvez, que se pode compreender a intensa
procura de escolas que se anunciam como “escolas renovadas. Parece até que
a renovação pedagógica fará de nossas escolas instituições capazes de realizar
aquilo que as nossas ilusões nos fazem desejar da ação escolar. No entanto, na
maior parte das vezes, os resultados práticos têm sido mais escassos do que as
esperanças de pais e educadores. Talvez isso ocorra porque não haja
concepções claras e inequívocas do que se chama de “renovação pedagógica”.
Muitas vezes, esses esforços de renovação são historicamente desenraizados,
revelando um total desconhecimento dos clássicos do pensamento
pedagógico, que desde há séculos vêm preconizando medidas, que, no entanto,
esquecidas ou ignoradas, não são nem sequer discutidas e experimentadas.
Teoricamente desinformado, o esforço de renovação pedagógica se esgota na
adoção acrítica de novidades cujo valor educativo é sempre uma incógnita,
mas que são alardeadas e difundidas como se delas dependesse todo êxito do
ensino. Tudo se passa como se a simples substituição do antigo pela novidade
fosse a garantia da excelência pedagógica. Não se trata aqui, evidentemente,
de uma exaltação do antigo em detrimento do novo, mas a recusa de tomar a
ordem temporal de aparecimento como o critério para apreciar os méritos de
uma prática ou de uma concepção. Alguns aspectos desse estilo de renovação
são facilmente assinaláveis. Por exemplo, tem-se dado uma exagerada ênfase
à importância da criatividade, perdendo-se de vista, muitas vezes, o fato de
que a simples originalidade não é algo que tenha um valor intrínseco. É claro
que não se deve incutir um espírito de rebanho, mas é claro também que,
muitas vezes, a singularidade de um comportamento pode nada ter de criativo
ou original, mas deveria antes ser motivo de preocupação e de medidas
preventivas. Do mesmo modo, é preciso que a liberdade do educando seja
concebida, no plano individual, como uma complexa exigência interior que
deve ser cultivada e estimulada, e não apenas confundida com a permissão de