Posteriormente, a partir de 1962, Amélia Americano Domingues de Castro, professora
de Didática Geral e Especial, coordenou o Serviço de Orientação Pedagógica- SOP. Designou
orientadores pedagógicos, comumente instrutores de ensino de Didática Especial, para
coordenar as grandes áreas de Línguas, Ciências Humanas e Filosofia, Ciências Exatas e
Naturais e Artes Plásticas. Esses docentes acumulavam também outras funções; ministravam
aulas, supervisionavam estágios dos licenciandos e supervisionavam a integração das diversas
disciplinas das classes integradas. Por volta de 1964, o SOP passou a indicar coordenadores
para os cursos: ginásio, clássico e científico, que não estavam inclusos no regime especial das
classes integradas.
Instituiu-se, oficialmente, em 1963, a coordenação das classes experimentais, exercida
primeiramente por Scipione Di Pierro Netto e, posteriormente, por Julieta Ribeiro Leite,
permanecendo esta última no cargo, até 1969. Seu depoimento esclarece a organização e
funcionamento das classes integradas:
A coordenação tinha como função básica assegurar a unidade, a coerência e a
continuidade da ação educativa em cada série e ao longo de todo o curso. Para
isso, estabelecia critérios para seleção de professores, planejava jornadas de
treinamento, cuidava da preparação, execução e avaliação dos exames de
admissão ao ginásio, organizava conselhos de classe semanais, e participava
ativamente da preparação, execução e avaliação das atividades ligadas ao
estudo do meio.
Além disso, tinha reuniões com pais, com a direção, com professores de
prática de ensino e, principalmente com o setor de Orientação Educacional.
Na coordenação atendíamos, também, a professores de outras escolas
interessados em conhecer a experiência das classes integradas.
Foram instituídas no colégio semanalmente reuniões pedagógicas gerais, de
grupos de trabalho compostos por professores de matérias afins. Discutiam-se
currículos, programas, métodos, técnicas de ensino, e problemas especiais de
cada grupo. Divulgavam-se textos teóricos e práticos sobre os princípios a
serem aplicados pelos professores, estes se reuniam com os coordenadores,
elaborando planejamentos das atividades a serem desenvolvidas. Nas classes
integradas houve uma concentração de esforços e de algumas condições
favoráveis como horários duplos e aulas de planejamento remuneradas
(LEITE, Entrevista, 1998).
A introdução das classes experimentais admitia uma proposta de ensino na qual a área-
chave era Estudos Sociais, concebida não como uma soma de história e geografia, mas sim
incorporando as ciências do homem de uma forma geral.
A professora de História Sylvia Magaldi participou ativamente da implementação do
ensino renovado no colégio. Além das aulas que ministrava, era instrutora voluntária de
Didática Especial da História e, com o tempo, exerceu várias funções como coordenadora da
área de Estudos Sociais e auxiliar da coordenação-geral das classes integradas. Escreveu em