História da Educação, Cultura Escolar e Cidadania (CIVILIS), coordenado pela professora
Maria Cristina Menezes, da Universidade Estadual de Campinas.
No Brasil, a salvaguarda do patrimônio histórico-educativo têm sido um privilégio de
poucos lugares6. No Maranhão, o Arquivo Público e a Biblioteca Pública Benedito Leite são as
duas principais instituições que têm concentrado alguns esforços no sentido de conservar
coleções relacionadas ao patrimônio histórico bibliográfico educativo. Outros movimentos que
podem ser apontados são os projetos criados por pesquisadores vinculados geralmente aos
programas de pós-graduação das Universidades Federal e Estadual, além do Instituto Federal
do estado. Uma das iniciativas tem sido promovida pelo Núcleo de Estudos em História da
Educação e das Práticas Leitoras, da Universidade Federal do Maranhão (NEDHEL),
coordenado pelo professor Cesar Augusto Castro. As propostas têm se concentrado na
investigação da cultura material escolar
7
, com recuperação dos artefatos escolares indicados,
adotados ou não pela e para a escola. Nessa mesma perspectiva, os estudos têm se voltado para
temáticas específicas, dentre elas os livros de leitura, livros didáticos, livros escolares franceses
e os acervos escolares
8
.
6 O Centro de Memória da Educação (FEUSP); a Faculdade de Educação da UNICAMP; a Faculdade de Educação
da UFMG e da UNESP; o Centro de Estudos e Investigações em História da Educação da UFPel; o PRODEF da
UFF; o PROEDES da UFRJ; o CEDAPH da Universidade de São Francisco; o APER “Arquivo Pessoal Euclides
Roxo” da PUC-SP; o Museu da Escola Professora Ana Maria Casasanta Peixoto (MG); o Centro de Referência
em Educação Mário Covas (SP); o Grupo de Pesquisa História da Educação no Brasil - UNESP Marília; o Grupo
CIVILIS da UNICAMP; o Centro de Memória da Educação (CME); o Centro de Memória de Educação Brasileira
(CMEB); o Centro de Pesquisa, Memória e História da Educação da Cidade de Duque de Caxias e Baixada
Fluminense (CEPEMHEd); o Centro de Memória de Educação da Secretaria de Educação de Praia Grande
(MARTÍNEZ et al., 2012).
7 CASTRO, CÉSAR AUGUSTO; Velázquez Castellanos, Samuel Luis. A imprensa de educação e ensino no
Maranhão e Pará (1844-1954): primeiras aproximações. History of education & children's literature (ONLINE),
v. 2, p. 293-318, 2021. Disponível em: https://www.torrossa.com/it/resources/an/5080663. Acesso em: 18 dez.
2021.; CASTRO, CÉSAR AUGUSTO; BORGES, A. L. D.; Velázquez Castellanos, Samuel Luis. A imprensa
maranhense de educação e ensino. REVISTA EDUCAÇÃO EM QUESTÃO (ONLINE), v. 58, p. 1-26, 2020.;
CASTRO, C. A.; Velazquez Castellanos, Samuel Luis. O lugar do livro e da leitura no Maranhão Oitocentista: o
Gabinete Português de Leitura. Outros Tempos, v. 13, p. 243-258, 2015.; CASTRO, CÉSAR AUGUSTO;
Velázquez Castellanos, Samuel Luis (Org.). História da escola: métodos, disciplinas, currículos e espaços de
leitura. 1. Ed. São Luís: Edufma, 2018. v. 1. 637p.; SILVA, D. R.; CASTRO, C. A. Recomeço de uma história:
percurso histórico e recriação da Biblioteca Pública do Maranhão na Primeira República. 1. ed. São Luís: Editora
UEMA, 2012. v. 1. 128p.
8 Entre as fontes de pesquisas que em sua maioria utilizam os documentos que aqui consideramos como Patrimônio
Bibliográfico Educativo podemos citar alguns projetos: História e cartografia da escola pública primária no
Maranhão oitocentista: da tradição à inovação à luz da teoria da forma escolar, cujo objetivo se concentra em
analisar a configuração da instrução pública primária maranhense no período imperial via ofícios de professores
expedidos até o ano de 1840; A circulação dos livros escolares franceses no Maranhão oitocentista, no qual se
analisam os livros escolares franceses inseridos nas instituições de ensino maranhense no período imperial, tendo
como fonte de análise os jornais maranhenses, os relatórios dos Presidentes de Província, dos Inspetores da
Instrução Pública e dos Delegados Literários, como também as correspondências trocadas entre várias autoridades
escolares e o governo; A circulação do livro e as práticas leitoras no Maranhão no século XIX, cuja finalidade foi
identificar e compreender a forma e intensidade em que o livro, a leitura e as práticas leitoras estiveram presentes
na sociedade maranhense no século XIX. As análises se deram a partir do resgate dos jornais maranhenses do
século XIX, sendo os três projetos coordenados pelo prof. Doutor Samuel Luis Velázquez Castellanos.