Em 1938, o Instituto de Educação tornou-se a seção de Pedagogia da Faculdade
de Filosofia e com o esfacelamento desta em 1970, passou a ser a Faculdade de Educação
(Beisiegel, 2003). Entrar na Pedagogia, na década de 1960, significava, portanto, ser aluna da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) que abrigava várias seções ou cursos como
bem atesta o convite de formatura da turma de 1966, a trigésima da FFCL, cujos estudantes
eram provenientes não apenas dos cursos de Filosofia, Letras e Ciências Sociais, mas também
de Física, Matemática, Química, Psicologia, Ciências Biológicas, Pedagogia e Geologia
(Convite, em anexo).
Naquele momento, na Cidade Universitária – área prevista para sediar a USP, poucos
anos após sua fundação – alguns cursos como os de Física, Matemática, Química e Biologia já
se instalavam no campus, em prédios destinados à realização de pesquisas e ensino, com
laboratórios próprios. Outros edifícios foram surgindo ao longo dos anos 1960, como o da
História e Geografia, e os do Centro Residencial – o CRUSP – local no qual habitavam alguns
colegas e que foi um dos primeiros a contar com um restaurante universitário, muito simples,
no estilo “bandejão”. As aulas da graduação em Pedagogia realizavam-se, então, no prédio que
abrigava o Centro Regional de Pesquisas Educacionais (CRPE) Professor Querino Filho,
inaugurado em 1956, tendo Fernando de Azevedo como seu primeiro diretor. Naquela área,
havia dois blocos, como atualmente, mas estes eram interligados por uma passarela, no primeiro
andar, que transpunha os canteiros de plantas do térreo. No edifício de frente para a avenida,
funcionava a biblioteca da Faculdade, além dos dormitórios dos bolsistas do CRPE, sendo o
bloco B destinado ao ensino, com salas de aulas, as dos professores e outras reservadas à
direção. Embora tenha havido várias transformações desde então, o bloco B guardou sua
estrutura original.
Chegar à Cidade Universitária, na zona oeste da cidade, era uma árdua tarefa para quem
residia em bairros distantes ou mesmo no centro da capital. A menos que se dispusesse de
veículo próprio, era necessário contar com escassas linhas de ônibus. Mesmo internamente, era
difícil o deslocamento de um prédio a outro, apesar de existirem ônibus circulares gratuitos,
inclusive com uma linha que efetuava um trajeto do Largo de Pinheiros ao campus, passando