Resumo
Existem três fases principais da iconoclastia na França: a destruição de imagens sagradas pelos huguenotes entre 1530 e 1600; a destruição de obras de arte e igrejas durante a Revolução Francesa, particularmente entre 1793 e 1795; e a remoção de parte da estatuária de bronze realizada pelo Regime de Vichy, de 1941 a 1944. Este artigo é dedicado principalmente a esta última fase da iconoclastia francesa, que não é tão conhecida quanto as duas anteriores. Ao contrário de outros países ocupados, a França optou por derreter estátuas seculares em vez dos sinos de igreja, a fim de atender aos requisitos da indústria de armas alemã. Sua destruição se concentrou principalmente em monumentos republicanos, pois eles conflitavam mais com a ideologia imposta por Marshall Pétain. Este artigo oferece uma visão geral da remoção dessas estátuas nas zonas francas e ocupadas, com foco no caso particular de Auxerre, onde monumentos dedicados a Paul Bert (1833-1886) e Nicolas Davout (1770-1823) estavam no centro de disputas entre autoridades locais sob a iconoclastia imposta pelo Estado.
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