@article{Salama_2020, place={Campinas, SP}, title={Estagnação econômica, desindustrialização e desigualdade: diferentes trajetórias na América Latina}, volume={2}, url={https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/rbest/article/view/14258}, DOI={10.20396/rbest.v2i.14258}, abstractNote={<p>Por que os países latino-americanos sofrem com uma estagnação econômica de longo prazo? A tendência à estagnação não se explica da mesma forma nos grandes países. Em geral, a reprimarização acentuou os comportamentos rentistas pré-existentes de empresários. A taxa de investimento é baixa, acarretando maior financeirização e desindustrialização, com efeitos de longo prazo no crescimento. Isso afeta particularmente a Argentina, o Brasil e, em menor medida, o México, onde a mão de obra é matéria-prima para exportação. O binômio industrialização–desindustrialização no México não produz os efeitos que se esperaria em termos de pontos de crescimento. O motivo é a retirada do Estado e, portanto, os pequenos efeitos de <em>clusters</em>, que não se beneficiam das importações. A industrialização baseada em “montagem” para exportação não compensa os efeitos deletérios da desindustrialização no mercado interno. A altíssima volatilidade tem efeitos negativos sobre o crescimento. O “<em>stop</em>” deixa marcas profundas e o “<em>go</em>” não se sustenta, o que diz respeito a todos os países, mais particularmente à Argentina. Por fim e sobretudo, o fator mais importante é a elevada desigualdade tanto de renda quanto de riqueza, que Celso Furtado mostrou nos anos 1960. Essas desigualdades são a principal causa da tendência de estagnação econômica e, portanto, de baixa mobilidade social nos países latino-americanos no longo prazo, e explicam a crescente marginalização desses países na economia mundial.</p>}, number={00}, journal={RBEST Revista Brasileira de Economia Social e do Trabalho}, author={Salama, Pierre}, year={2020}, month={set.}, pages={e020006} }