A questão da vocação na representação social dos músicos
PDF

Palavras-chave

Vocação
Representação social
Músicos

Como Citar

ADENOT, Pauline. A questão da vocação na representação social dos músicos. Proa: Revista de Antropologia e Arte, Campinas, SP, v. 2, p. 1–15, 2010. DOI: 10.20396/proa.v2i.16431. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/proa/article/view/16431. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Tradução de Clotilde Lainscek. O artigo se propõe a discutir em que medida a idéia de vocação é constitutiva das profissões artísticas, notadamente na esfera musical, e quais são as conseqüências do peso da idéia de vocação sobre a representação social dos músicos, ou seja, sobre a percepção que temos deles e que eles têm de si próprios. A idéia de vocação artística não está necessariamente associada à geração de renda - distanciando-se, assim, da visão de vocação laica, surgida no século XIX, com a ascensão do individualismo e da centralidade da produção. A vocação artística é considerada como um dom inato e incontornável - aproximando-se, nesse sentido, da idéia de vocação religiosa que vigorou até o século XVIII. Mas, acima de tudo, a representação da vocação artística vem associada ao prazer e à paixão - o que acaba obliterando as escolhas, dificuldades e investimentos que conformam a carreira artística.

https://doi.org/10.20396/proa.v2i.16431
PDF

Referências

ADENOT, Pauline, Les musiciens d’orchestre symphonique – De la vocation au

désenchantement, Paris, Éditions L’Harmattan, 2008.

BECKER, Howard S., Les mondes de l’art, Paris, Éditions Flammarion, 2006.

BOURDIEU, Pierre, Questions de sociologie, Paris, Éditions de Minuit, 1984.

BOURDIEU, Pierre, PASSERON, Jean-Claude, La reproduction – Éléments pour une

théorie du système d’enseignement, Paris, Éditions de Minuit, 1970.

COULANGEON, Philippe, Les musiciens interprètes en France – Portrait d’une

profession, Paris, Département des Études et de la Prospective, Ministère de la

Culture/La Documentation Française, 2004.

DONNAT, Olivier, Les amateurs – Enquête sur les activités artistiques des Français,

Paris, Département des Études et de la Prospective, Ministère de la Culture/La

Documentation Française, 1996.

ESCAL, Françoise, L’artisanat furieux, IN PENESCO, Anne (org.), Défense et illustration

de la virtuosiosité, Lyon, Presses Universitaires de Lyon, 1997.

HEINICH, Nathalie, Ce que l’art fait à la sociologie, Paris, Éditions de Minuit, 1998.

HEINICH, Nathalie, La gloire de Van Gogh – Essai d’anthropologie de l’admiration,

Paris, Éditions de Minuit, 1991.

KRIS, Ernst, KURZ, Otto, L’image de l’artiste, Paris, Éditions Rivages, 1987.

MAUSS, Marcel: Essai sur le don – Forme et raison de l’échange dans les sociétés

archaïques, IN: L’Année sociologique, Paris, 1923-1924.

MOULIN, Raymonde, L’artiste, l’institution et le marché, Paris, Éditions Flammarion,

SCHLANGER, Judith, La vocation, Paris, Éditions Seuil, 1997.

WILLENER, Alfred, La pyramide symphonique – Exécuter, créer? une sociologie des

instrumentistes d’orchestre, Zurich, Éditions Seismo, 1997.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2016 PROA - Revista de Antropologia e Arte

Downloads

Não há dados estatísticos.