Resumo
Neste artigo, lançamos nosso olhar aos Tristia, obra escrita por Ovídio durante seu período de exílio. Nossa intenção, aqui, é apresentar uma breve análise da relação entre a poesia composta no exílio, o tempo e a autobiografia. Tal relação será observada por meio de Tr. IV,10 que, segundo a crítica, é uma das elegias responsáveis pela interpretação dos Tristia como autobiografia devido à quantidade significativa de material autobiográfico que nela encontramos.
Referências
BEM, L.A. O amor e a guerra no livro I d’Os “Amores” de Ovídio. 2007. 266 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Linguística, Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
BROWN, F. The unreality of Ovid’s Tomitan exile. In: Liverpool Monthly Col-lection, vol. 10.2, pp.18-22, 1985.
FAIRWEATHER, Janet. Ovid’s Autobiographical Poem, Tristia 4.10. In: The Classical Quarterly, Cambridge, v. 37, n. 1, p.181-196, 1987. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/639354. Acesso em: 10 mar. 2015.
FREDERICKS, B. R. Tristia 4.10: Poet’s Autobiography and Poetic Autobiography. Transactions Of The American Philological Association, The Johns Hopkins University Press, p.139-154, 1976. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/284096. Acesso em: 10 mar. 2015.
HARRISON, S. Ovid and genre: evolutions of an elegist. In: The Cambridge Companion to Ovid. Cambridge University Press, 2006, pp.79-94.
HOLZBERG, N. Playing with his life: Ovid’s ‘autobiographical’ references. In: A Companion to Ovid. (ed.) Peter Knox. Blackwell, 2009, pp. 51-68.
MÖLLER, M. “Ovid”, in Handbook Autobiography/Autofiction, (ed) Martina Wagner- Egelhaaf, Berlin-New York , 2015 (no prelo).
NAGLE, B.R. The Poetics of Exile: Program and Polemic in the Tristia and Epistulae ex Ponto of Ovid. Bruxelas. In: Latomus, vol. 170, 1980.
OVIDE. Tristes. Texte établi et traduit par Jacques André. Paris: Belles Let-tres, 1987.
OVIDIO. Il Tristia. Volume primo. Traduzione di Francesco Della Corte. Geno-va-Sestri: Tilgher-Genova, 1972.
OVIDIO. Poemas da carne e do exílio. Seleção, tradução, introdução e notas de José Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
PASCAL, R. Design and Truth in autobiography, Londres, Routledge & Kea-gan, 1960.
PARATORE, E. L’evoluzione della “sphragis” dalle prime alle ultime opere di Ovidio, Atti del Convegno internazionale Ovidiano (Roma, 1959), I .173-203, esp. p. 201.
PRATA, P. O caráter intertextual dos Tristes de Ovídio: uma leitura dos ele-mentos épicos virgilianos. 2007. 408 f. Tese (doutorado) – Curso de Linguística, Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
PRATA, P. O caráter alusivo dos Tristes de Ovídio: uma leitura intertextual do livro I 2002. 163 f. Dissertação (mestrado) – Curso de Linguística, Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.
SANTOS, L. S. Autobiografia e a presença da Ars Amatoria nos Tristia de Ovídio. 2015. 122f. Dissertação (mestrado) – Curso de Linguística, Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.
SENECA the Elder. Declamations, Volume I: Controversiae, Books 1-6. Tradução de Michael Winterbottom. Loeb Classical Library. Cambridge. Harvard University Press,1974.
VASCONCELLOS, P. S. O Cancioneiro de Lésbia. Hucitec, São Paulo, 1991.
VESSEY, D. W. T. C. Elegy eternal: Ovid, Amores 1.15. Latomus, 1981, vol. 40, pp. 607-617.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2017 Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade