Parataxe e Imagines
PDF

Palavras-chave

Iconografia
Retórica
Lingüística
Parataxe
Hipotaxe

Como Citar

MARTINS, Paulo. Parataxe e Imagines. Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade, Campinas, SP, v. 12, n. 24, p. 137–173, 2012. DOI: 10.53000/cpa.v12i24.804. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cpa/article/view/17190. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

O presente artigo visa a discutir o conceito de parataxe, que foi largamente utilizado por estudiosos da História da Arte e da Literatura para definir a estrutura dispositiva de algumas obras da Antigüidade greco-romana. Porém, o termo, sincronicamente tomado, é estranho ao período, configurando certo anacronismo. Seu uso sistemático, assim, nos leva, erradamente, a crer que a parataxe pertence ao vocabulário teórico da poesia, da pintura, da gramática ou da retórica, o que é inconsistente. Contudo, o mesmo uso seria autorizado, se houvesse entre os modernos consenso sobre o significado, o que não ocorre. Dessa forma, se, de um lado, a teorização antiga – gramatical, poética ou retórica – não nos dá a chave do uso e, de outro, a modernidade não colabora com a precisão de sentido, a aplicação do conceito gera dúvidas na hermenêutica do objeto analisado. Nosso intuito, portanto, é delimitar o conceito modernamente e aplicá-lo na observação de algumas imagens da Antigüidade.

 

https://doi.org/10.53000/cpa.v12i24.804
PDF

Referências

ABRAHAM, W. – Diccionario de la Terminologia Lingüística. Madrid.1961.

BANDINELLI, R. B. – Roma; Arte Romana nel centro del Podere. Milano. 1988.

BECHARA, E. – Moderna Gramática Portuguesa. São Paulo. 1972.

BIBLIA SACRA – Iusta Vulgatam Clementinam. Matriti. 1959.

BIBLIA DE JERUSALÉM – São Paulo: Edições Paulinas.1986.

CARRETER, F.L. – Diccionario de Términos Filológicos. Madrid. 1974.

CUNHA, C. et CINTRA,L. – Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio deJaneiro. 1965.

DUBOIS, J. et ALII – Dictionnaire de Linguistique. Paris. 1973.

EPICTETUS – Dissertationes ab Arriano Digestae. Stutgardiae. 1965.

ERNOUT, A. et MEILLET, A. – Dictionaire Etimoligique de la Langue Latine. Paris.1967.

ERNOUT, A. et THOMAS, F. – Syntaxe Latine. Paris. 1951.

FARIA, E. – Dicionário Latim – Português. Rio de Janeiro. 1969.

FARIA, E. – Gramática Superior da Língua Latina. Rio de Janeiro. 1954.

GAFFIOT, F. – Dictionnaire Latin- Français. Paris. 1934.

GAYNOR, F. et alii – Dictionary of Linguistics. New York.1954.

GARCIA, O. M. – Comunicação em Prosa Moderna .Rio de Janeiro.1981.

GRIMAL, P. – Dicionário da Mitologia grega e romana. Rio de Janeiro: BertrandBrasil. 2000.

HORACE – Epitres. Paris. 1989.

ISOCRATES – Orations v. iii. Helen. London. 1959.

JOTA, Z. dos S. – Dicionário de Lingüística. Rio de Janeiro.

KOSSOVITCH, Leon – “Vertentes de figures: o planalto iraniano”. In: Tiraz, 2. 2005.pp. 98-142.

LAUSBERG, H. – Elementos de Retórica Literária. Lisboa. 1972.

LEWIS, C.T. et SHORT, C. – A Latin Dictionary. Oxford. 1987.

LIDDELL, H. G. et SCOTT, R. – A Greek-English Lexicon. Oxford.1977.

MARTINHO, M. dos Santos. “O monstrum da Arte Poética de Horácio”. In: LetrasClássicas, 2000, 4, pp.191-265.

MATTOSO CÂMARA Jr., J. – Dicionário de Filologia e Gramática. Rio de Janeiro.1964.

MEILLET, A. et VENDRYES, J. – Traité de Grammaire Compareé des LanguesClassiques. Paris. 1927.

MONRO, D. B. – A Grammar of the Homeric Dialect. Oxford. 1881.

MORIER, H. – Dictionaire de Poetique et de Rhétorique. Paris.1961.

MOUNIN, G. – Dictionaire de la Linguistique. Paris. 1974.

NOTOPOULOS, JAMES A. – “Parataxis in Homer: A new approch to Homeric LiteraryCriticism”. In: TPAPA, 80. 1949. pp. 1-23.

OXFORD ENGLISH DICTIONARY – V. III. Oxford. 1933.

GLARE, P.G.W. (ORG.) – Oxford Latin Dictionary. Oxford: at Clarendon Press. 2006.

PLUTARCH – Lives v.ii. London. 1959.

POLYBIUS – The Histories v.1 and 5 . London. 1960 and 1954.

QUINTILIAN – Institutio Oratoria. Books IV-VI. Cambridge: Loeb Classical Library.1995.

RAGON, E. – Grammaire grecque. Paris. 1982.

RIEMANN, O. – Syntaxe Latlne. Paris. 1927.

SPRINGHETTI, A. – Lexicon Linguisticae et Philologiae. Roma.1962.

TATE, J. – “Paratatic composition in the oldest greek”. In: Classical Review, 51,5.Oxford: Oxford University Press.1937. pp. 174-5.

THEOPHRASTUS – Opera. Frankfurt. 1964.

THUCYDIDIS – Historiae tomus posterior. Oxonii.1956.

VEYNE, P. – História da Vida Privada v. 1. São Paulo. 1990.

WEBSTER’S NEW WORLD DICTIONARYOF AMERICAN LANGUAGE- New York. 1959.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade

Downloads

Não há dados estatísticos.