Crise e oportunidade
PDF

Palavras-chave

Hellenismo
Modernidade
Filosofia da história

Como Citar

CRESSONI, André. Crise e oportunidade : o lugar da antiguidade na formulação de novos tempos . Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade, Campinas, SP, v. 22, n. 31, p. 133–181, 2018. DOI: 10.53000/cpa.v22i31.3033. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cpa/article/view/17131. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

Exporemos alguns traços que demonstram haver um processo contínuo de retomada da antiguidade na tradição ocidental, tendo por foco o modo como a antiguidade serviu de ideia norteadora na busca de uma solução para a crise do tempo. Veremos primeiramente como autores modernos – como Deslandes, Brucker, Tennemann, Reinhold –  buscaram elaborar uma noção nova de historia da filosofia. Essa elaboração de um tempo histórico encontra um de seus pontos mais altos em Winckelmann, que toma os gregos como modelo. Após percorrer este quadro teórico, em segundo lugar, analisaremos como a visão de um novo tempo futuro carrega como núcleo teórico o recurso à antiguidade, principalmente grega. Neste segundo ponto, serão abordados autores alemães do século XVIII (como Winckelmann, Herder e Schiller) e sua relação com Rousseau, resultando na ressignificação e revivificação da antiguidade justamente nos pontos nodais das crises quanto ao tempo, à liberdade e à estética.


https://doi.org/10.53000/cpa.v22i31.3033
PDF

Referências

BEISER, Frederick C. The German Historicist Tradition. New York: Oxford University Press, 2011.

BRAUN, Lucien. Histoire de l’Histoire de la Philosophie. Paris: Editions Ophrys, 1973.

CARVALHO, A.P. Introdução, in: HEGEL, G.W.F. Introdução à história da filosofia. Tradução Antonio Pinto de Carvalho, 4 ed., Coimbra: Armenio Amado, 1980.

DESLANDES. Histoire critique de la philosophie, ou l’on traite de son origine, de ses progrés e de ses diverses révolutions qui lui sont arrivées jusqu’à notre temps. Amsterdan: 1737.

DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução Elza Moreira Marcelina, 2 ed., Brasília: Editora UNB, 1998.

HEGEL, G.W.F. Introdução à história da filosofia. Tradução Antonio Pinto de Carvalho, 4 ed., Coimbra: Armenio Amado, 1980.

HEGEL, G.W.F. Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie, in: Werke. Eva Moldenhauer e Karl Markus Michel (hrsg). Band 18-20. Frankfurt a.M.: Suhrkamp, 1993

HERDER, J.G. Outlines of a philosophy of the history of Man. Translation T. Churchill, London: 1803.

HERDER, J.G. Sämtliche Werke. Bernhard Suphan (hrsg.). Berlin: Weid-mann, 1899.

INWOOD, Michael. Dicionário Hegel. Tradução Álvaro Cabral, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1997.

KURY, M.G. Introdução, in: LAERCIO, Diogenes. Vidas e Doutrinas dos Filósofos ilustres. Tradução do grego Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1988.

ENFIELD. The history of philosophy from the earliest period drawn up from Brucker’s ‘Historia critica Philosophiae’. London: 1837.

SCHILLER, F. Die Gotter Griechenlads. In: Sämtliche Werke in Sechs Bän-den. Ester Band. Säkularausgabe. Bibliotek der Weltliteratur Deutscher Klassiker. Stuttgart: Weltbild Bücherdienst, 1955.

SCHILLER, F. Briefe über die Aesthätische Erziehung des Menschen. Leipzig: B.G. Leubner, 1875.

SCOTT, Rosseau and the melodious language of freedom. In: SCOTT, J.T. (org.) Jean-Jacques Rousseau – Critical Assesments of Leading Politi-cal Philosophers Vol. III Jean-Jaques Rousseau: political principles and institutions. London and New York: Routledge Taylor & Francis Group, 2006.

STANLEY, T. The history of philosophy. London: 1656.

SÜSSEKIND, Pedro. A Grécia de Winckelmann. KRITERION, Belo Horizon-te, nº 117, Jun./2008, pp. 67-77.

TAMINIAUX, J. La nostalgie de la Grèce a l’aube de l’idealisme allemand. Kant et les grecs dans l’itinéraire de Schiller, de Hölderlin et de Hegel. Netherlands : Martinus Nijhoff/La Haye, 1967.

TENNEMANN. A manual on the history of philosophy. Translation Arthur Johnson, Oxford: 1832.

WINCKELMANN. History of Ancient Art. Translation G. Henry Lodge. Boston: 1856.

WINCKELMANN. Gedanken über Nachahmung der griechische Werke in der Maleren und Bildhauerkunst. Dresden und Leipzig: Waltherischen Handlung, 1756.

VIEILLARD-BARON, J-L. Introduction, in: HEGEL, G.W.F., Leçons sur Platon. Traduction Jean-Louis Vieillard-Baron, Paris: Aubier, 1976.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade

Downloads

Não há dados estatísticos.