Resumo
Como maiêutico, Sócrates é, em princípio, intelectualmente infecundo e também se priva, por falta de juízos próprios, de qualquer manifestação de uma determinada opinião – pelo menos assim revela a sua própria descrição de seu método maiêutico. Entretanto, no decorrer de seu diálogo maiêutico com Teeteto, fica demonstrado que Sócrates de forma alguma teme expressar opiniões fortes e que ele é, de todo, fecundo intelectualmente na utilização dos “mégista géne” dialéticos. O maiêutico, aparentemente desprovido de opiniões, é, na verdade, o sábio dialético. A maiêutica socrática repousa sobre a dialética platônica. Isso é mostrado com particular clareza no excurso filosófico (172c-177c). Se Sócrates somente pergunta ou se ele afirma com audácia, depende do interlocutor: ao jovem Teeteto ele se dirige de forma “maiêutica”, ao velho Teodoro, de forma maciçamente metafísica.
Referências
SZLEZÁK, T. A arte maiêutica sem pressupostos de Sócrates. Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade, [S. l.], v. 11, n. 22/23, 2012. https://doi.org/10.53000/cpa.v11i22/23.765
A Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade utiliza a licença Creative Commons — Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International — CC BY-NC-ND 4.0. Esta é a mais restritiva das nossas seis licenças principais, só permitindo que outros façam download dos seus trabalhos e os compartilhem desde que atribuam crédito a você, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais. Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade