Resumo
A tese central do artigo é a de que a adoção de uma postura crítica em relação à ciência, tal como praticada no capitalismo, requer que a ciência seja concebida, não como força produtiva, mas como mercadoria. A primeira concepção tem sido a dominante na tradição marxista; já teve um sentido crítico, que entretanto se dissipou, neutralizado por uma série de mudanças históricas que culminam no presente período neoliberal. A demonstração da segunda parte da tese baseia-se num estudo a respeito do processo de mercantilização da ciência (como parte de um processo mais amplo envolvendo a mercantilização também de outros bens intelectuais, e da educação), que promove a fusão entre ciência e tecnologia dando origem à tecnociência, coloca nas mãos do mercado a determinação do ritmo e dos rumos da pesquisa, e chega até a solapar os mais fundamentais princípios metodológicos da ciência.
Referências
OLIVEIRA, Marcos Barbosa de. Ciência: força produtiva ou mercadoria?. Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Revan, v.1, n.21, 2005, p.77-96.
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