Resumo
Escrito como uma homenagem ao centenário do arquiteto Oscar Niemeyer, este texto procura se opor as interpretações ditas marxistas de que sua obra esta distante da realidade brasileira e que o seu sentido poético ficou aprisionado em uma modernidade apenas cabível na utopia desenvolvimentista dos anos 60. Procuro mostrar a partir de Marx e das vanguardas europeias como, na verdade, Niemeyer supera a utopia da técnica redentora do capitalismo (presente no discurso das vanguardas) desenvolvendo uma poética das formas livres cujo sentido se vincula diretamente às potencialidades do Brasil, como um país sem passado, onde como diz o próprio arquiteto, "tudo esta por se fazer", cujo destino é "construir hoje o passado de amanhã". Busco demonstrar ainda que mais do que nunca é necessário retomar a utopia grandiosa dos espaços de Niemeyer para se opor ao pragmatismo dos críticos ditos marxistas que contrários a Niemeyer apoiam ou legitimam ações conformistas (e catastróficas) de reformar a cidade capitalista em ruínas.
Referências
BENOIT, Alexandre. Niemeyer poeta do futuro (im)possível. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 15, n. 26, p. 139–146, 2008. https://doi.org/10.53000/cma.v15i26.19483
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Copyright (c) 2008 Alexandre Benoit