Resumo
Ainda que se admita a inviabilidade de tentar sumariar ou mesmo de classificar a imensa – e crescente – literatura que versa sobre a turbulência econômica dos últimos dezoito meses, parece possível identificar pelo menos um dos elementos que a caracteriza em termos gerais: sua ênfase na dimensão financeira. Trata-se, com poucas exceções, de atribuir e circunscrever as causas dessa recessão a um desdobramento de origem determinada: a euforia – ou a especulação – do setor imobiliário norte-americano associada à falta de controles institucionais que impedissem sua propagação. Embora esse enfoque seja compreensível nos termos de uma teoria que pretenda um capitalismo de crescimento ininterrupto, ele parece pouco consistente com as evidências empíricas de médio e longo prazo. Ou seja, com os seguidos altos e baixos que têm caracterizado praticamente todas as economias capitalistas até o presente momento.
Referências
PINTO, Nelson Prado Alves. Crise e capital. Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Unesp, n.29, 2009, p.33-40.
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