Resumo
A acumulação capitalista choca-se frontalmente com as prioridades ecológicas. Os defensores e os praticantes do “capitalismo verde” procuram alcançar objetivos ambientalistas no interior de uma estrutura definida pelo mercado. Certos melhoramentos são possíveis por tais meios, porém apenas em restritos limites. Isso se aplica não apenas a medidas empresariais, mas também a políticas governamentais, na medida em que envolvem a atribuição de valor de troca a processos naturais. Alguns autores de esquerda conceberam tal abordagem como a única resposta politicamente viável para a crise atual. Este artigo critica essa concepção, e a seguir trata de três dimensões importantes de uma agenda ecológica que estão fora do alcance de estratégias mercadológicas: 1) questionar o crescimento e a inovação perpétuos e o aumento da produção de lixo; 2) acabar com o militarismo e o imperialismo; e 3) redefinir “a boa vida”. Ao final, expõem-se alguns exemplos de realizações ecológicas positivas em contextos socialistas.
Referências
WALLIS, Victor. As respostas capitalista e socialista à crise ecológica. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 16, n. 29, p. 57–74, 2009. https://doi.org/10.53000/cma.v16i29.19397
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Copyright (c) 2009 Victor Wallis