Resumo
O livro de John Holloway é um ensaio admirável, cheio de idéias sugestivas e verdadeiramente radical – no sentido original do termo: “ir à raiz dos problemas”. Quaisquer que sejam suas lacunas e imperfeições, mostra, de um modo exemplar, o poder subversivo e crítico da negatividade. Sua meta é ambiciosa e atual: “refinar e aguçar a crítica marxista ao capitalismo”. Os capítulos filosóficos fundamentais tratam do fetichismo e da fetichização. Baseiam-se criativamente em Marx, Lukács e Adorno. Holloway define o fetichismo como a separação do fazer e do feito e a quebra do fluxo coletivo do fazer. Este é um ponto de vista fértil, mas Holloway aparentemente identifica todas as formas de objetividade com o fetichismo. Por exemplo, ele se queixa de que no capitalismo “o objeto constituído adquire uma identidade durável”.
Referências
LÖWY, Michael. Resenha de: HOLLOWAY, John. Mudar o mundo sem tomar o poder. São Paulo: Ed. Viramundo, 2003. Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Revan, v.1, n.20, 2005, p.173-176.
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Copyright (c) 2005 Michael Löwy