Resumo
Constituirá a história da arte um domínio de raridades, preciosismos e virtuosismos ou uma investigação sobre modos históricos de produção de valor, e portanto à sua maneira também uma economia e uma reflexão sobre o trabalho humano? O historiador Giulio Carlo Argan, logo no início de História da Arte, um texto eminentemente teórico em que revê criticamente as principais correntes da historiografia da arte, estabelece uma distinção que opera como um divisor de águas no domínio geral da investigação da arte. Considerando que as obras de arte participam modernamente do processo geral de circulação e pertencem ao conjunto de coisas que têm valor, Argan propõe uma distinção quanto ao modo de se lidar com a arte: pode-se cuidar do valor, por exemplo, identificando-o, classificando-o, qualificando-o etc. Ou se pode inquirir sobre o valor, perguntar por sua condição, sua fisiologia, como se constitui historicamente etc.
Referências
MARTINS, Luiz Renato. A arte entre o trabalho e o valor. Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Revan, v.1, n.20, 2005, p.123-138.
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