Resumo
Chove.
Que este livro seja, então, de início, um livro sobre a simples chuva. Malebranchec se interrogava: “Por que chove sobre o mar, as grandes estradas e a areia?”, dado que esta água do céu que ao longe molha as culturas (e isto é ótimo) não acrescenta nada à água do mar ou se perde nas estradas e nas praias. Não se tratará aqui de esta chuva ser providencial ou contraprovidencial. Este livro se ocupa, ao contrário, de outra chuva, de um tema profundo que percorre toda a história da filosofia e que foi combatido e recusado tão logo foi enunciado: a “chuva” (Lucrécio) de átomos de Epicuro que caem paralelamente no vazio, a “chuva” do paralelismo de atributos infinitos de Espinosa e de outros autores ainda como Maquiavel, Hobbes, Rousseau, Marx, Heidegger e Derrida.
Referências
ALTHUSSER, Louis. A corrente subterrânea do materialismo do encontro (1982). Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Revan, v.1, n.20, 2005, p.9-48.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2005 Louis Althusser