Resumo
O ensaio considera A corrente subterrânea do materialismo do encontro como o mais importante dos escritos de Althusser nos anos oitenta. O risco subjacente a este texto é considerá-lo como uma afastamento do poderoso racionalismo dos escritos dos anos sessenta em unia filosofia do evento, do acaso, ou, ainda pior, da liberdade. Assim, o desafio está não tanto em negar as ambigüidades em que tais interpretações se baseiam, como em reconhecê-las e trazê-las à luz, procurando resolvê-las por meio de um corte teórico que possibilita colocar no centro do texto de Althusser uma tese não escrita e que, contudo, representa sua pedra de toque: a tese da primazia do encontro sobre a forma. Daí brota uma questão fundamental, que diz respeito à ligação entre tal tese e o relato da primazia da relação sobre os elementos, na qual Althusser insistiu em seus textos dos anos sessenta e setenta.
Referências
MORFINO, Vittorio. O primado do Encontro sobre a Forma. Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Revan, v.1, n.23, 2006, p.11-33.
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