Resumo
Os estudos de Karl Marx indicam que a continuidade do capitalismo, orientado prioritariamente pela maximização dos lucros, conduz, tendencialmente, a uma crescente exploração e expropriação da força de trabalho, por um lado, e, por outro, à deterioração da base de produção econômica, da fonte da riqueza, ou seja, da natureza. Mas a originalidade de Marx em constatar que as forças produtivas se convertem em forças destrutivas foi pouco abordada por marxistas otimistas com o desenvolvimento da técnica, a industrialização e o crescimento econômico. Com a crescente crise ambiental, o pensamento marxiano reitera sua atualidade, evidenciando a insustentabilidade do modo de produção capitalista e a dimensão destrutiva do seu desenvolvimento tecnológico. A destrui ção ambiental segue a mesma lógica da exploração de um ser humano por outro. Pela alienação (Entfremdung) do trabalho o ser humano se distancia da natureza e se estranha, num processo duplo de desumanização e destruição.
Referências
ANDRIOLI, Antônio Inácio. A atualidade de Marx para o debate sobre tecnologia e meio ambiente. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 15, n. 27, p. 11–25, 2008. https://doi.org/10.53000/cma.v15i27.19441
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