Resumo
A partir da década de 1980, o capital e seus ideólogos, e entre eles também os economistas, passaram a acreditar terem encontrado, na prática, uma fórmula mágica para garantir a geração de riqueza econômica, sem necessidade de utilização do trabalho humano. Alguns chegam a pensar até que o capital terminará não mais necessitando da força de trabalho para produzir riqueza e excedente, de maneira a garantir a rentabilidade exigida pelo capital. O trabalho teria, portanto, perdido centralidade; a tecnologia, a informação e o domínio do conhecimento foram alçados à categoria de entes mágicos capazes de tudo e objetos de adoração. Finalmente, o capital não precisaria mais sujar as mãos na produção para se realizar como ser capaz de, por si mesmo, gerar lucros, lucros elevados. E, de fato, o capital “financeiro”, de certa maneira, foi capaz dessa proeza. Do final da década de 1970 para cá, não só dominou o cenário capitalista, como superou os investimentos produtivos no que se refere à capacidade de apropriação de lucros.
Referências
CARCANHOLO, Reinaldo A. A atual crise do capitalismo. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 16, n. 29, p. 49–55, 2009. https://doi.org/10.53000/cma.v16i29.19419
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