Resumo
Com o advento da crise provocada pelos títulos hipotecários norte-americanos em setembro de 2008 há, no campo crítico, uma retomada intensa da discussão dos conceitos desenvolvidos por Marx na seção V do Livro III de O capital, em particular os de capital portador de juros e de capital fictício. Contudo, para compreender de que modo esses conceitos elucidam esses fenômenos é preciso considerar o contexto teórico no qual eles surgem. Isso significa não só lembrar que estamos falando do processo de produção capitalista como um todo (Livro III), mas também que esses conceitos conformam o ponto final de um desenvolvimento categorial que Marx começa no capítulo inicial do Livro I. Neste artigo, procuro refazer brevemente esse caminho, que entendo ser o da apresentação, pari passu, de um processo de autonomização das formas sociais (primeira seção), para, em seguida, elaborar algumas reflexões sobre sua pertinência para a compreensão da natureza do capitalismo contemporâneo e da crise atual (segunda seção).
Referências
PAULANI, Leda Maria. Autonomização das formas sociais e crise. Crítica Marxista, São Paulo, Ed. Unesp, n.29, 2009, p.25-31.
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