Resumo
“O marxismo não é um historicismo”, escreveu L. Althusser já nos anos 1960. Mesmo não sendo este um artigo focado apenas no filósofo francês, trazemos aqui seu mote para, a partir dele, fazer um movimento duplo. Num primeiro momento, discutiremos as efetivas insuficiências de uma abordagem apenas histórica para o entendimento da sociedade capitalista contemporânea. Porém, logo a seguir, sustentaremos que o puro rebaixamento teórico de uma análise histórica tampouco faz jus à complexidade do pensamento marxiano. Em síntese, nosso objetivo é tornar mais transparente o peculiar relacionamento entre estruturas sistemáticas e a história viva dos homens, relacionamento complexo, que não autoriza que se esvazie a importância de quaisquer de seus elementos constitutivos. Para tanto, será necessário o retorno a alguns aspectos nevrálgicos da argumentação do próprio Marx que, em nosso entendimento, ainda demandam análise.
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