“O marxismo não é um historicismo”
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Palavras-chave

Marxismo
Historicismo
Estruturas sincrônicas
Althusser

Como Citar

MARTINS, Maurício Vieira. “O marxismo não é um historicismo”: acertos e limites de uma tese althusseriana. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 19, n. 34, p. 67–85, 2012. DOI: 10.53000/cma.v19i34.19296. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cma/article/view/19296. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumo

“O marxismo não é um historicismo”, escreveu L. Althusser já nos anos 1960. Mesmo não sendo este um artigo focado apenas no filósofo francês, trazemos aqui seu mote para, a partir dele, fazer um movimento duplo. Num primeiro momento, discutiremos as efetivas insuficiências de uma abordagem apenas histórica para o entendimento da sociedade capitalista contemporânea. Porém, logo a seguir, sustentaremos que o puro rebaixamento teórico de uma análise histórica tampouco faz jus à complexidade do pensamento marxiano. Em síntese, nosso objetivo é tornar mais transparente o peculiar relacionamento entre estruturas sistemáticas e a história viva dos homens, relacionamento complexo, que não autoriza que se esvazie a importância de quaisquer de seus elementos constitutivos. Para tanto, será necessário o retorno a alguns aspectos nevrálgicos da argumentação do próprio Marx que, em nosso entendimento, ainda demandam análise.

https://doi.org/10.53000/cma.v19i34.19296
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Referências

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