Resumo
O livro de Ruy Braga, ao investigar a trajetória do moderno proletariado precarizado brasileiro, torna-se uma leitura importante para os interessados no tema da formação e da organização sindical da classe operária no país. Através de uma minuciosa revisão da literatura sobre essa temática, o autor procura construir uma “sociologia da inquietação operária”. A análise se inicia com a formação daquilo que o autor denomina o “precariado brasileiro” durante o populismo, passa pela sua transformação durante o ciclo grevista do final dos anos 1980, e, deixando de lado a década de 1990, passa a examinar o período que Braga identificou como “hegemonia lulista”. Com esse percurso, pretende-se demonstrar que, apesar das dificuldades impostas pelas condições sociais periféricas, a auto-organização do precariado não foi bloqueada e sua prática política transformou-se em um reformismo plebeu sindicalmente refratário à colaboração com as empresas e construído na luta pela efetivação e ampliação dos direitos trabalhistas por meio da crença no poder de decisão das bases.
Referências
CORRÊA, Ellen Gallerani. A política do precariado: Do populismo à hegemonia lulista. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 20, n. 37, p. 195–197, 2013. https://doi.org/10.53000/cma.v20i37.19287
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