A contribuição do debate sobre a revitalização sindical para a análise do sindicalismo brasileiro
PDF

Palavras-chave

Sindicalismo
Revitalização
Governos petistas
Centrais sindicais

Como Citar

GALVÃO, Andréia. A contribuição do debate sobre a revitalização sindical para a análise do sindicalismo brasileiro. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 21, n. 38, p. 103–117, 2014. DOI: 10.53000/cma.v21i38.19238. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cma/article/view/19238. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumo

Este artigo recupera algumas dimensões do debate sobre revitalização sindical com o intuito de analisar o caso brasileiro. Examina os conceitos de sindicalismo de movimento social e sindicalismo radical para refletir sobre as características político-ideológicas
do sindicalismo nos governos petistas. Considera que as centrais majoritárias assumiram uma perspectiva de parceria social e moderação política que não condizem com a noção de revitalização. Por outro lado, a construção de um polo sindical radical também não é suficiente para revitalizar o sindicalismo, dado seu caráter amplamente minoritário e sua baixa inserção junto às bases.

https://doi.org/10.53000/cma.v21i38.19238
PDF

Referências

ANDERSON, P. Problemas e limites do sindicato. Revista Oitenta, L&PM, v.3, 1980.

ANTUNES, R. A “engenharia da cooptação” e os sindicatos no Brasil recente. Jornal dos Economistas, Rio de Janeiro, n.268, nov. 2011.

ARAÚJO, A. M. C.; OLIVEIRA, R. V. de. El sindicalismo brasileño en la era de Lula: entre paradojas y nuevas perspectivas. Revista Latinoamericana de Estudios del Trabajo, v.1, Buenos Aires, Fac. 8, 2011, p.83-112.

BOITO, A. A nova burguesia nacional no poder. In: BOITO, A.; GALVÃO, A. (orgs.). Política e classes sociais no Brasil dos anos 2000. São Paulo: Alameda/Fapesp, 2012.

BOITO, A.. A crise do sindicalismo. In: SANTANA, M. A.; RAMALHO, J. R. (orgs.). Além da fábrica: trabalhadores, sindicatos e a nova questão social. São Paulo: Boitempo, 2003, p.319-333.

BOITO, A.. O Sindicalismo de Estado no Brasil: uma análise crítica da estrutura sindical. São Paulo/Campinas, Hucitec/Unicamp, 1991.

BOITO, A..; MARCELINO, P. O sindicalismo deixou a crise para trás? Um novo ciclo de greves na década de 2000. Cadernos CRH, Salvador, v.23, n.59, 2010, p.323-338.

CONNOLLY, H.; DARLINGTON, R. Radical political unionism in France and Britain: a comparative study of SUD-Rail and the RMT. European Journal of Industrial Relations, v.18, n.3, 2012, p.235-250.

COUTINHO, C. N. A hegemonia da pequena política. In: OLIVEIRA, F. de et al. (orgs.). Hegemonia às avessas. São Paulo: Boitempo, 2010.

D’ALMEIDA, F.; MOURIAUX, R. Syndicats entre État et entreprises. Mots. Les langages du politique, n.36, 1993, p.6-17.

DAMESIN, R.; DENIS, J. M. Syndicalisme(s) SUD. Paris: Les cahiers de recherche du GIP-MIS, n.77, 2001, p.13-44.

DAMESIN, R.; DENIS, J. M. SUD trade unions: The new organisations trying to conquer the French trade union scene. Capital & Class, n.86, 2005, p.17-37.

DARLINGTON, R; UPCHURCH, Martin. A reappraisal of the rank-and-file versus bureaucracy debate. Capital & Class, n.106, 2012, p.77-95.

DENIS, J. M. The case of SUD-Rail: the limits of “radical political unionism”. European Journal of Industrial Relations, v.18, n.3, 2012, p.267-272.

DIAS, E. F. Sobre a leitura dos textos gramscianos: usos e abusos. Ideias, n.1, 1994.

DRUCK, G. Os sindicatos, os movimentos sociais e o governo Lula: cooptação e resistência. OSAL, Buenos Aires, n.19, jan.-abr., 2006.

DULCI, L. Participação e mudança social no governo Lula. In: SADER, Emir; GARCIA, M. A. (orgs.). Brasil: entre o passado e o futuro. Fundação Perseu Abramo/Boitempo, 2010.

FAIRBROTHER, P. Book review of G Gall (ed.) Union Organising: Campaigning for Trade Union Recognition. Capital & Class, n.87, 2005, p.257-263.

FAIRBROTHER, P. British Trade Unions Facing the Future, Capital & Class, n.71, 2000, p.47-78.

FANTASIA, R.; STEPAN-NORRIS, J. The Labor Movement in Motion. In: SNOW, David et al. (eds.). The Blackwell Companion to Social Movements. Londres: Blackwell, 2004, p.555-575.

FANTASIA, R.; VOSS, K. Des syndicates domestiqués. Repression patronal et résistence syndicale aux Etats-Unis. Paris: Liber, Raisons d’Agir, 2003.

GAGNON, M. J. Le syndicalisme: du mode d’appréhension à l’objet sociologique. Sociologie et societés, v.XXIII, n.2, 1991, p.79-95.

GALVÃO, A. A reconfiguração do movimento sindical nos governos Lula. In: BOITO, A.; GALVÃO, A. (orgs.). Política e classes sociais no Brasil dos anos 2000. São Paulo: Alameda, 2012, p.187-221.

GALVÃO, A. Marxismo e movimentos sociais. Crítica Marxista, n.32, 2011, p.107-126.

GALVÃO, A. O movimento sindical frente ao governo Lula: dilemas, desafios e paradoxos. Outubro, n.14, 2006, p.131-150.

GALVÃO, A.; TROPIA, P.; MARCELINO, P. A reorganização da esquerda sindical nos anos 2000: as bases sociais e o perfil político-ideológico de CTB, Intersindical e Conlutas. IIe Conférence Internationale Grèves et Conflits Sociaux, Dijon, 2013.

GORDON, A.; UPCHURCH, M. Railing against neoliberalism: Radical political unionism in SUD-Rail and RMT. European Journal of Industrial Relations, v.18, n.3, 2012, p.259-265.

HEERY, E.; ADLER, L. Organizing the Unorganized, In: FREGE, Carola; KELLY, John (eds.). Varieties of Unionism: Strategies for Union Revitalization in a Globalizing Economy. Oxford: Oxford University Press, 2004, p.45-69.

HYMAN, R. Industrial relations: a marxist introduction. London: The Macmillan Press, 1975.

HYMAN, R. The politics of workplace trade unionism: recent tendencies and some problems in theory. Capital & Class, n.8, 1979a, p.54-67.

HYMAN, R. La théorie des rélations industrielles: une analyse matérialiste. Sociologie du Travail, n.4, 1979b.

HYMAN, R.; GUMBRELL-MCCORMICK, R. Syndicats, politique et partis: une nouvelle configuration est-elle possible? La Revue de l’Ires n.65, 2, 2010, p.17-40.

KELLY, J. Union militancy and social partnership. In: ACKERS; SMITH (eds.). The new workplace and trade unionism. Routledge, 1996, p.77-109.

KELLY, J. Trade Unions and Socialist Politics. London: Verso Press, 1988.

LÊNIN, V. Que fazer? São Paulo: Hucitec, 1988 [1902].

LÚCIO, C. G. 11 “Questões e uma agenda sindical: Notas para refletir sobre os desafios para a ação sindical”. Mimeo, 2011.

MCILROY, J. Radical political unionism reassessed. European Journal of Industrial Relations, v.17, n.4, 2012, p.251-258.

MCILROY, J. Socialists and the Unions: a response to Gall’s comment. Capital & Class, n.75, 2001, p.207-214.

MCILROY, J. New Labour, New Unions, New Left. Capital & Class, n.71, 2000, p.11-45.

MOODY, K. Towards an international social mouvement unionism. New Left Review, n.225, 1988, p.52-72.

MOURIAUX, R. Syndicalisme et politique.Paris: Les Editions Ouvrières, 1985

MOURIAUX, R. Outils et questions de la “syndicatologie” à la fin du XXe siècle. Regards sur l’actualité, sep-out, 1998.

QUEIROZ, A. A. de. Desafios do movimento sindical no segundo Governo Lula. Disponível em: http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=550&id_coluna=9, 08 de janeiro 2007. Acesso em: 15 fev. 2007.

RICCI, R. Lulismo: da era dos movimentos sociais à ascensão da nova classe média brasileira. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010.

TROTSKY, L. Os sindicatos na época da decadência imperialista. In: Escritos sobre sindicato. São Paulo: Kairós, 1979 [1940], p.101-109.

TURNER, L.; HURD, R. W. Building social movement unionism: the transformation of the American labor movement. In: TURNER, L. et al. Rekindling the Movement. Labor’s Quest to Relevance in the Twenty-First Century. Ithaca: Cornell University Press, 2001, p.9-26.

UPCHURCH, M.; MATHERS, A. Neoliberal globalisation and trade unionism: Toward radical political unionism?. Critical Sociology, 38(2), 2011, p.265-280.

UPCHURCH, M.; TAYLOR, G.; MATHERS, A. The crisis of social democratic unionism. Labor Studies Journal 34(4), 2009, p.519-542.

VOSS, K. Dilemmes démocratiques: démocratie syndicale et renouveau syndical. Revue de l’IRES, n.65, 2010, p.87-107.

VOSS, K.; SHERMAN, R. Breaking the iron law of oligarchy: union revitalization in the American Labour Movement. American Journal of Sociology, v.106, 2000, p.303-349.

WATERMAN, P. Social Movement Unionism: A New Model for a New World order. Review, 16(3), 1993, p.245-278.

WATERMAN, P. The new social unionism: a new union model for a new world order. In: WATERMAN, P.; MUNCK, R. (eds.). Labour worldwide in the era of globalization: alternative union models in the new world order. London: Macmillan, 1999, p.247-264.

YATES, M.; GAPASIN, F. Labor Movements: Is There Hope? Monthly Review, 2005.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2014 Andréia Galvão

Downloads

Não há dados estatísticos.